A prática, entretanto, traz muitos riscos. Cozinhar a carne é importante para facilitar a digestão. O corpo digere a proteína em partículas menores, os aminoácidos, e o calor do cozimento auxilia nisso por meio de um processo que se chama desnaturação proteica, quebrando essas cadeias de proteína antes da ingestão, para ficar mais fácil depois.
Segundo especialistas, carnes cruas podem apresentar bactérias como a salmonela, que podem causar infecções intestinais e o surgimento de sintomas como dores de barriga, vômitos, diarreia, náusea, e que, sem acompanhamento médico podem se agravar.
Somente o calor do cozimento pode causar a morte delas. São necessários pelo menos cinco minutos de cozimento acima dos 100ºC para que a proteína esteja segura para o consumo.
Especialistas também apontam que não há nenhuma vantagem nutricional em consumir carne crua em comparação à cozida. A única diferença significativa é o sabor.
Outro problema grave quando o assunto é se alimentar de carnes cruas é com a contaminação cruzada, ou seja, quando um alimento é infectado com bactérias provenientes de outro e acabam contaminando diretamente humanos. Uma faca usada para cortar o frango cru, usada para mexer a salada já temperada e pronta para ser servida, por exemplo.
As bactérias que seriam mortas no calor do cozimento da carne, agora estão no tomate e verduras que vão ser consumidas diretamente pela outra pessoa.