Nesta sexta-feira (6), o hospital Kamal Adwan, localizado no norte de Gaza, foi alvo de múltiplos ataques israelenses, de acordo com o diretor da instituição e a agência de Defesa Civil de Gaza. Este hospital é um dos últimos ainda em funcionamento na região devastada pelos conflitos. Desde o início da guerra, há quase 14 meses, o hospital já foi invadido diversas vezes pelas forças israelenses. Desde o começo da operação militar no norte de Gaza, em outubro, o centro médico tem enfrentado escassez de suprimentos essenciais, incluindo combustível, e praticamente não recebeu ajuda internacional.
Mahmud Basal, porta-voz da Defesa Civil de Gaza, afirmou que o Exército israelense invadiu o hospital, retirou os pacientes e prendeu vários palestinos. Esse ataque ocorre poucos dias após a Organização Mundial da Saúde (OMS) ter relatado a entrada de uma equipe médica de emergência no hospital, o que aconteceu pela primeira vez em 60 dias.
A agência de saúde das Nações Unidas afirmou nesta sexta-feira que não recebeu nenhum alerta prévio sobre o bombardeio ao hospital, o que agrava ainda mais a situação. Rik Peeperkorn, representante regional da OMS, expressou preocupação pelo fato de o ataque ter ocorrido apenas uma semana depois que Israel facilitou a entrada de uma equipe médica de emergência indonésia no hospital.
Até o momento, o Exército de Israel não se pronunciou oficialmente sobre os relatos de ataques ao hospital Kamal Adwan. A situação continua a se deteriorar na região, com graves consequências para a população civil e a infraestrutura de saúde em Gaza.