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Vítima de professor de jiu-jítsu do AM se pronuncia; crianças eram dopadas

Lucas Carvalho, conhecido como “Bruxo” no universo do jiu-jítsu, e reconhecido por suas conquistas na modalidade, usou suas redes sociais nesta segunda-feira (25) para compartilhar o que sofreu na infância. Em seus stories, o atleta revelou que foi vítima de violência por parte de seu antigo professor entre os 10 e 14 anos, mas só agora, aos 23 anos, conseguiu desabafar com sua família.

O professor era Alcenor Alves, que estava foragido da Justiça do Amazonas e planejava fugir para Dubai, ele foi preso na manhã do último sábado (23) em Balneário Camboriú, no litoral norte de Santa Catarina pelo crime de pedofilia.

Em um dos trechos mais impactantes, o lutador afirmou que os abusos aconteciam frequentemente durante viagens para competições. “Todas as vezes que eu viajava para competir com ele e outras crianças, ele sempre dava banho em todos nós. No final da noite, mandava a gente tomar melatonina pra dormir bem e, no outro dia, acordávamos com o pênis dolorido, sem saber o que tinha acontecido”, disse Lucas.

Conforme já havia sido noticiado pela Update, Lucas reforçou que o criminoso escolhia crianças em situação de vulnerabilidade e usava a manipulação emocional para cometer os abusos. “Ele sempre fez isso com crianças que não têm uma boa condição. Procurava me manipular, dizia que me tinha como um filho e me prometia muitas coisas… mas eu era somente mais uma criança que estava sendo abusada em sigilo”, relatou o lutador.

Ele também revelou que o agressor tentou suborná-lo para que não seguisse com a denúncia. “Dias antes de eu viajar para o Cazaquistão, ele foi na academia onde eu dava aula e chegou para me pedir perdão e comprar meu silêncio, me prometendo várias coisas”, afirmou Lucas em seus stories.

“Não queria ter que me expor, até porque é um trauma que tenho. Por muito tempo levei isso comigo, nunca tive coragem de falar para ninguém. Era algo que me matava por dentro, um peso que eu carregava comigo… fui beliscado na minha infância pelo meu antigo professor”, relatou Lucas.

Apesar da dor, o atleta demonstrou gratidão pela coragem de romper o silêncio. “A justiça de Deus não falha!”, concluiu.

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