Nesse núcleo estão oito pessoas que constituíam parte da cúpula do governo Jair Bolsonaro. Além do ex-presidente, fazem parte desse grupo os ex-ministros Walter Braga Netto (Casa Civil e Defesa), Anderson Torres (Justiça), Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), Paulo Sérgio Nogueira (Defesa), ex-comandante da Marinha Almir Garnier Santos e o ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem, atualmente deputado federal pelo PL-RJ. O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, também está incluído nesse primeiro núcleo.
Entre as críticas feitas ao processo pelos envolvidos, está a rapidez com que está se desenrolando. O ministro Alexandre de Moraes disse em resposta à Folha de S.Paulo que mantém a condução da denúncia sobre o núcleo “com a mesma celeridade que dá aos demais processos de sua relatoria, observadas as particularidades existentes nas mais de mil ações penais em curso”.
Em resposta à provocação dos acusados, a Procuradoria-Geral da República disse que houve tempo para a defesa e o mais importante argumento para rebater essa ideia de que está sendo apressado trâmite é explicar que neste momento o que está em julgamento é se há indícios suficientes para abrir uma ação penal. Haverá tempo longo de defesa durante todo o processo, após julgado o mérito. Não é hora, diz a PGR, de se aprofundar no mérito de cada acusação, mas nos ritos. nos indícios.
Os envolvidos no processo argumentam também a nulidade da colaboração premida feita por Mauro Cid. O que já foi negado. De qualquer forma, a delação de Cid é um dos elementos da denúncia, mas não é o único. O certo é que esse debate vai dominar a semana.