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Randolfe Rodrigues retira projeto de lei que poderia impactar planos de Bolsonaro no Senado

O senador Randolfe Rodrigues (PT-AP) decidiu, na última segunda-feira (9), retirar o projeto de lei que propunha mudanças na eleição para o Senado durante a renovação de dois terços da Casa, prevista para 2026. A decisão ocorreu sem justificativa oficial, mas Randolfe informou a aliados que o tema será tratado de forma mais abrangente em um novo projeto de reforma eleitoral, sob relatoria do senador Marcelo Castro (MDB-PI), que contempla mudanças amplas no sistema eleitoral.

Mudanças propostas no projeto
A proposta de Randolfe alterava as regras para a eleição de dois senadores por estado. Pelo projeto, cada eleitor poderia votar em apenas um candidato, e os dois mais bem votados seriam eleitos. Atualmente, os eleitores têm direito a votar em dois candidatos, e os mais votados são eleitos.

Essa mudança, caso aprovada, poderia dificultar os planos políticos do ex-presidente Jair Bolsonaro, que busca eleger uma bancada conservadora significativa no Senado em 2026. Bolsonaro também planeja lançar seus filhos e aliados, como Eduardo Bolsonaro e Michelle Bolsonaro, fortalecendo a bancada de direita. Com uma maioria no Senado, ele almeja facilitar a aprovação de projetos como um possível impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

Motivações e desdobramentos
A retirada do projeto é vista como uma estratégia para evitar desgastes políticos. A proposta gerava controvérsias, com críticas sobre seus impactos no equilíbrio das forças políticas do Senado e na representatividade dos estados. Randolfe pretende abordar o tema dentro de uma discussão mais ampla sobre a reforma eleitoral, ampliando o debate e buscando maior apoio para eventuais mudanças.

Reforma eleitoral em pauta
A reforma eleitoral relatada por Marcelo Castro está no centro das atenções e inclui diversas alterações no sistema político brasileiro. A expectativa é de que discussões futuras incluam temas como financiamento de campanhas, distribuição de vagas proporcionais e possíveis ajustes na legislação para fortalecer a governabilidade e a representação democrática.

Enquanto o projeto original de Randolfe foi arquivado, a reforma eleitoral permanece como um campo de disputa estratégica para o futuro político do Brasil, com implicações diretas para o equilíbrio de poder entre as forças conservadoras e progressistas.

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