Alcenor estava cumprindo prisão temporária, que havia sido prorrogada por 30 dias e se encerraria na sexta-feira (17). A Polícia Civil do Amazonas solicitou a prisão preventiva, que foi concedida pelo Judiciário nesta quarta-feira.
Relembre o caso
Alcenor Alves Soeiro se utilizava do sonho dos atletas em ser campeões de competições para abusar e explorar sexualmente seus alunos. O homem foi preso no dia 23 de novembro de 2024, em Santa Catarina.
Sete vítimas foram identificadas pela polícia, quatro já foram ouvidas. Uma das primeiras vítimas é um atleta renomado de jiu-jítsu.
Aproveitando-se da confiança depositada por seus alunos e seus familiares, ele teria usado sua posição de autoridade para cometer os crimes, explorando o sonho de crianças e adolescentes em se tornarem atletas de alto nível
De acordo com a delegada Juliana Tuma, titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (DEPCA), o professor identificava crianças e adolescentes que tinham o sonho de serem campeões de jiu-jítsu e oferecia a eles presentes como roupas e equipamentos de jiu-jítsu, passagens aéreas, inscrições em campeonato e video game.
“Ele ofericia bolsas em academinas renomadas, oferecia viagens, kimonos e, daí ultilizava o sonho desses atletas para abusar sexualmente deles”, disse a delegada.
Os abusos eram praticados durante as viagens para disputa de campeonatos e na casa do investigado, onde o autor dopava as vítimas para consumar os delitos.
Ainda de acordo com Juliana Tuma, uma das primeiras vítimas é um atleta renomado de jiu-jítsu que relatou que sofreu abusos dos 9 aos 14 anos. Ele ainda explicou para a delegada que foi escolhido pelo professor porque fazia parte de um grupo em vulnerabilidade social.
