Após o diretor de Eu, Robô comentar a polêmica apresentação da Tesla, insinuando que os designs dos robôs assistentes e dos novos carros da empresa seriam plágios de criações vistas no filme de 2004, a Alcon Entertainment, produtora de Blade Runner 2049, tomou uma medida legal contra Elon Musk. A produtora processou a Tesla por supostamente usar imagens do filme para promover o Robotaxi sem a devida autorização.
A ação foi apresentada nesta segunda-feira (21) em um tribunal federal da Califórnia, alegando violação de direitos autorais e falsa representação. No processo, a Alcon destaca que não deseja que seu filme seja associado a Musk, devido às suas “visões políticas e sociais extremas”. Além da Tesla, a Warner Bros. Discovery também foi citada no processo, acusada de facilitar a parceria. O documento afirma que Musk utilizou os estúdios da Warner para gravar a apresentação, na qual fez uma referência direta ao filme de Denis Villeneuve: “Eu amo Blade Runner, mas não sei se queremos esse futuro. Talvez aquele casaco que ele está usando, mas não o apocalipse sombrio”. Durante a apresentação do novo Robotaxi, Musk, vestindo um casaco de couro, exibiu uma imagem que remetia a uma cena icônica do filme, onde Ryan Gosling caminha pelas ruínas de Las Vegas. A Alcon alega que a Tesla teria criado imagens geradas por IA, alimentadas por cópias de Blade Runner 2049.
Segundo a denúncia, Musk teria comunicado à Warner Bros. Discovery que desejava associar o Robotaxi ao filme. Ele teria solicitado permissão para usar uma imagem diretamente do longa, o que levou um funcionário da Warner a fazer um pedido emergencial à Alcon, já que direitos internacionais estavam envolvidos. No entanto, a produtora recusou a autorização, o que resultou na criação das imagens por IA.
A Alcon busca indenizações financeiras e uma ordem judicial que impeça a distribuição do material promocional envolvido.
Até o momento, nem Tesla nem Warner Bros. Discovery se pronunciaram sobre o processo.