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Primeiros deportados dos EUA chegam à Colômbia em voo da Força Aérea: ‘Dignidade, sem algemas’

O primeiro voo com colombianos deportados dos Estados Unidos chegou à Colômbia nesta terça-feira (28), a bordo de um avião da Força Aérea Colombiana, após um período de tensões diplomáticas entre os dois países. O voo, que trouxe 110 cidadãos colombianos, fez parte de uma operação iniciada na segunda-feira (27), com aeronaves enviadas às cidades de San Diego (Califórnia) e Houston (Texas).

O presidente Gustavo Petro comemorou a chegada dos deportados, destacando que eles foram tratados com dignidade e sem algemas. “Nossos compatriotas vêm dos EUA livres, dignos, sem algemas. Criamos um plano de apoio ao migrante, pois ele não é criminoso, é uma pessoa livre”, escreveu Petro, compartilhando fotos dos deportados a bordo dos aviões. Essa postura contrastou com as tensões que marcaram as negociações entre os dois governos. Petro se opôs ao uso de aviões militares dos EUA para a deportação de colombianos, considerando que essa prática os tratava como criminosos.

A crise diplomática começou após o presidente colombiano, em um gesto de protesto, impedir a entrada de aviões militares dos EUA em seu território, alegando que os direitos dos deportados não estavam sendo respeitados. O governo dos EUA reagiu com duras ameaças de sanções, incluindo tarifas emergenciais sobre produtos colombianos, bloqueio de viagens e inspeções mais rigorosas nas fronteiras.

Após intensas negociações, ambos os governos chegaram a um acordo. A Colômbia aceitou os voos com deportados, desde que fossem transportados com dignidade, em aviões civis, sem tratamento degradante. Por sua vez, o governo dos EUA concordou em pausar a aplicação das sanções.

O impasse gerou divisões na Colômbia. Enquanto alguns apoiam a postura de Petro, acreditando que ele defende a dignidade humana, outros temem que o episódio prejudique as relações com os EUA, afetando áreas sensíveis como o comércio e a cooperação em segurança. A crise também trouxe à tona questões mais amplas sobre a imigração e as políticas de Trump, que impuseram severas restrições à imigração ilegal, criando um clima de incerteza e preocupação para os imigrantes colombianos nos EUA.

O governo dos EUA, por sua vez, argumenta que a imigração descontrolada pode representar riscos à segurança nacional e à estabilidade da região, especialmente com o aumento do tráfico de drogas e pessoas. A situação coloca a Colômbia em uma posição delicada, tendo que equilibrar sua política interna e sua relação com os Estados Unidos, seu principal parceiro comercial e estratégico na América Latina.

O episódio também expõe a crescente tensão entre líderes de esquerda, como Petro, e as políticas imigratórias de Trump, que têm sido duramente criticadas por organizações de direitos humanos e governos latino-americanos. Enquanto isso, a comunidade internacional continua acompanhando a situação com atenção, esperando por uma resolução que não prejudique ainda mais as relações regionais.

Redação Update

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