A Polícia Civil do Amazonas prendeu, nesta terça-feira (7), um dos principais suspeitos de envolvimento no estupro coletivo e assassinato de Rosimar Santos de Oliveira, de 48 anos, indígena da etnia Baré. O crime, ocorrido na última sexta-feira (3), no município de Barcelos, causou grande comoção e levou à mobilização de forças de segurança na região. A prisão foi realizada pela Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Barcelos, com apoio da Polícia Militar, Guarda Municipal, Força Nacional e Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).
Rosimar, que fazia parte da Associação Indígena de Barcelos (Abisa), foi encontrada morta em um terreno próximo ao Hospital Geral de Barcelos, com sinais de violência sexual e física. De acordo com familiares, os autores do crime gravaram os atos e compartilharam o conteúdo em aplicativos de mensagens. O caso provocou indignação e levou familiares e integrantes da comunidade indígena a organizarem protestos no último domingo (5), pedindo justiça e ações para garantir a segurança das comunidades locais.
Após os crimes, o governo federal enviou a Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) ao município para reforçar a segurança e ajudar nas investigações. De acordo com o Ministério da Justiça e Segurança Pública, os agentes estão atuando em conjunto com a Funai, lideranças indígenas e forças de segurança locais para estabilizar a situação, que envolveu tensões entre as etnias Yanomami e Baré.
A prisão de um dos autores é um importante avanço, mas o trabalho das autoridades ainda está longe de terminar. O desfecho do caso é aguardado com expectativa pela comunidade indígena, que clama por justiça e segurança para viver sem medo.