O prefeito de Belo Horizonte, Fuad Noman (PSD), morreu nesta quarta-feira (26), após sucessivas internações em decorrência da fragilização em sua saúde. Fuad estava internado no hospital particular Mater Dei, em Belo Horizonte, desde o dia 3 de janeiro, quando apresentou um quadro grave de insuficiência respiratória. Ele deixa sua companheira há 52 anos, a primeira-dama Mônica Drummond, além de dois filhos e quatro netos. O velório ocorre nesta quinta-feira, às 13h, na sede da prefeitura, e o enterro será restrito à família.
Em nota, a prefeitura lamentou a morte. “Fuad Noman dedicou décadas de sua vida ao serviço público, sempre pautado pelo compromisso com a ética, o diálogo e o bem-estar da população de Belo Horizonte. Economista por formação, com sólida trajetória na administração pública, Fuad ocupou importantes cargos no governo federal, governo de Minas Gerais e na prefeitura de Belo Horizonte, sempre deixando marcas de competência, responsabilidade e sensibilidade social”, diz o posicionamento.
Sua família prestou uma homenagem a Fuad por meio de uma publicação em suas redes sociais. “Em nossos corações, permanece o marido carinhoso e companheiro, sempre orgulhoso da família que construiu; o pai dedicado, apaixonado por pescaria, que nos ensinou o valor da honestidade; e o avô afetuoso, cuja presença iluminou a vida dos netos com seu exemplo”, diz o texto, assinado por sua esposa, Mônica, seus filhos, Gustavo e Paulo, suas noras, Cláudia e Fabiana, e seus netos, João Pedro, Mateus, Isabela e Rafael.
Quem era Fuad Noman?
Natural da cidade de Belo Horizonte, Fuad Noman se orgulhava de seus 55 anos de vida pública, mas seu ingresso em cargos eletivos é recente. Ele começou a trajetória como servidor de carreira do Banco Central do Brasil, passando posteriormente pelo Tesouro Nacional, pela Casa Civil e pelo Banco do Brasil.
Entre 2012 e o fim de 2016 viveu uma aposentadoria programada em seu sítio, onde tinha a intenção de acompanhar o crescimento de seus netos. Em especial Isabela, a caçula de 15 anos, e que uma vez o descreveu ao GLOBO como seu “xodó”.
Sua proximidade com a política começou quando aceitou o convite do ex-governador Aécio Neves (PSDB) para ser seu secretário de Fazenda. No mandato de Antônio Anastasia (PSDB), continuou no secretariado, mas à frente da pasta de Obras, até 2010, e na presidência da Gasmig, até 2012.
Tudo mudou quando Anastasia o convenceu a participar da transição de governo do ex-prefeito Alexandre Kalil. Fuad aceitou o convite, mas disse que voltaria ao sítio antes de Kalil tomar posse.