Agentes do governo Trump iniciaram a prisão de imigrantes ilegais em Nova York nesta terça-feira (28), conforme anunciou a secretária do Departamento de Segurança Interna (DHS), Kristi Noem.
A operação faz parte de um esforço conjunto liderado pelo Serviço de Imigração e Controle de Alfândega dos EUA (ICE), com apoio de outras agências federais, para colocar em prática as políticas anti-imigração do governo Trump. Noem destacou, em postagem no X, que “estrangeiros criminosos, com acusações de sequestro, agressão e roubo, estão agora sob custódia, graças ao ICE. Canalhas como esse continuarão sendo removidos das ruas”.
Em todo o país, o número de prisões de imigrantes ilegais já ultrapassou 3.500, e o ICE descreve essas ações como “operações direcionadas de aplicação da lei”, focando em “imigrantes ilegais com histórico criminal conhecidos e que representam ameaça à segurança pública e nacional”.
O ICE informou que, até segunda-feira (27), havia preso 3.552 pessoas, e também haviam sido protocolados 2.650 pedidos de mandados de prisão. As operações têm sido realizadas em parceria com outras agências federais, como o FBI, ATF, DEA e o próprio ICE.
Além de Nova York, prisões ocorreram em várias cidades, como Newark, Chicago, Seattle, Atlanta, Boston, Los Angeles e Nova Orleans. O prefeito de Newark acusou o governo de prender cidadãos americanos, incluindo um veterano de guerra, enquanto em Chicago, agentes do ICE realizaram buscas porta a porta em bairros com grande comunidade imigrante.
As deportações também começaram na sexta-feira (24), com um grupo de 88 brasileiros sendo expulso dos EUA. Um avião com os deportados chegou a Manaus no mesmo dia. O Itamaraty afirmou que pedirá explicações ao governo dos EUA sobre o tratamento dado aos brasileiros, que relataram abusos, como agressões e humilhações durante o voo.
Com a intensificação das deportações, a comunidade brasileira nos EUA está em alerta, e muitos temem mais prisões e expulsões. O governo Trump, que já iniciou medidas para combater a imigração ilegal desde os primeiros dias de seu mandato, anunciou que pretende realizar a maior deportação em massa da história dos Estados Unidos, expulsando milhões de imigrantes ilegais.
Entre as principais medidas adotadas por Trump, estão a declaração de emergência na fronteira com o México, a construção do muro fronteiriço, a eliminação da cidadania automática para filhos de imigrantes ilegais e a ampliação da deportação expressa, que permite expulsões rápidas sem necessidade de audiência judicial.
Outras medidas incluem a revogação de uma proibição de prisões em locais como hospitais, igrejas e escolas e a retomada do programa “Fique no México”, que obriga os estrangeiros que solicitam asilo a aguardar no país vizinho a análise de seus pedidos. O governo Trump também restringiu o uso da ferramenta “parole”, que permitia a entrada legal de imigrantes por motivos humanitários, afirmando que cada caso será analisado individualmente.
Essas ações fazem parte do esforço de Trump para colocar em prática promessas de sua campanha, reforçando a política de imigração mais rigorosa que busca restringir a entrada e permanência de imigrantes nos Estados Unidos.