Na noite de quinta-feira (24), João Rebello Fernandes, conhecido pelo público dos anos 1980 e 1990 por seu trabalho como ator mirim na Rede Globo, foi assassinado na cidade de Trancoso, Bahia, onde residia há cerca de três anos. Rebello, de 45 anos, conhecido também como DJ Vunje, estava em seu carro quando foi alvo de uma série de disparos. Segundo informações preliminares, os criminosos realizaram uma rajada de tiros e fugiram do local logo em seguida, deixando a cena do crime sem deixar rastros. As causas do assassinato e a identidade dos suspeitos ainda estão sob investigação pela Polícia Civil de Porto Seguro, que iniciou diligências para elucidar o caso.
Rebello teve uma carreira artística precoce e foi um nome frequente em produções da Globo, onde atuou durante 11 anos em papéis marcantes. Ele conquistou destaque em novelas populares, como “Cambalacho” (1986), “Bebê a Bordo” (1989) e “Deus nos Acuda” (1992). Um dos seus papéis mais lembrados foi em “Vamp” (1991), onde interpretou o personagem Sig, consolidando sua presença na teledramaturgia brasileira. Seu último trabalho na televisão foi na novela “Zazá” (1997), e, após sua saída das telinhas, Rebello mudou de carreira, assumindo a identidade de DJ Vunje e se dedicando à música eletrônica e à cena cultural local em Trancoso.
Proveniente de uma família com laços profundos no meio artístico, João era filho da produtora Maria Rebello e sobrinho do diretor Jorge Fernando, conhecido por seu trabalho em diversas novelas da Globo e que faleceu em 2019. Sua irmã também seguiu a carreira de atriz, aparecendo em produções como “Ti-ti-ti” e “Êta Mundo Bom!”.
O crime gerou comoção tanto entre colegas de profissão como entre os moradores de Trancoso, onde Rebello era uma figura conhecida e respeitada por seu trabalho como DJ. Nas redes sociais, amigos e fãs lamentaram sua morte, destacando sua trajetória multifacetada e o impacto de sua perda para a comunidade cultural local. Muitos expressaram indignação com o ato de violência e esperança de que as investigações tragam respostas.
As autoridades continuam a coletar informações sobre o caso, que ainda está cercado de mistério.