Manaus – Xiangwu Lin, conhecido como “China”, proprietário de uma loja no Centro de Manaus, foi preso nesta quarta-feira (31), sob suspeita de abusar sexualmente de suas funcionárias. Os crimes ocorreram dentro da loja, localizada na avenida Eduardo Ribeiro, no Centro da capital.
De acordo com a Polícia Civil, as quatro mulheres assediadas eram funcionárias da loja. Segundo relatos das vítimas, “China” teria tocado suas partes íntimas sem consentimento em diversas ocasiões. Uma das funcionárias, que pediu para não ser identificada, disse que o comportamento de Xiangwu Lin era recorrente e que as funcionárias viviam em constante medo e desconforto.
A delegada Joyce Coelho, da Delegacia Especializada em Crimes Contra a Mulher (DECCM), destacou que as investigações começaram após denúncias anônimas. “Recebemos várias denúncias e começamos a investigar. Coletamos depoimentos das vítimas que confirmaram o comportamento abusivo do suspeito”, afirmou Coelho.
O homem foi apresentado no 24º Distrito Integrado de Polícia (DIP) e segue preso. Ele deve responder pelo crime de abuso sexual e permanece à disposição da justiça. Uma audiência de custódia deve acontecer ainda nesta quarta-feira (31). Caso seja condenado, Xiangwu Lin pode pegar até 10 anos de prisão.
A prisão de Xiangwu Lin gerou revolta entre comerciantes e moradores do Centro de Manaus. Muitos expressaram indignação e pediram justiça para as vítimas. A associação de comerciantes locais divulgou uma nota de repúdio, condenando qualquer forma de assédio e violência contra mulheres no ambiente de trabalho.
O caso também chamou a atenção de grupos de direitos humanos e feministas na cidade, que organizaram uma manifestação em frente ao 24º DIP, exigindo medidas mais rigorosas contra abusos no ambiente de trabalho. “Não podemos tolerar esse tipo de comportamento em nossa sociedade. As vítimas precisam de apoio e os agressores devem ser punidos com todo o rigor da lei”, declarou Maria Silva, líder de um grupo local de defesa dos direitos das mulheres.
O caso está sendo acompanhado de perto pela Secretaria de Segurança Pública do Amazonas, que prometeu uma investigação rápida e justa. “Estamos comprometidos em garantir que todas as vítimas de violência e abuso recebam justiça. Este caso não será diferente”, afirmou o secretário de Segurança Pública, Coronel Louismar Bonates.