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Dilma Rousseff e Putin discutem acordos financeiros e redução da dependência do dólar na Cúpula do BRICS

Nesta terça-feira (22), o presidente russo Vladimir Putin se reuniu com a ex-presidenta e atual presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) Dilma Rousseff, que representou o Brasil na Cúpula do BRICS após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter sofrido um acidente doméstico. Durante o encontro, os dois líderes discutiram a importância de acordos financeiros entre os países do BRICS e estratégias para reduzir a dependência do dólar nas transações internacionais.

Putin sugeriu a criação de um sistema alternativo de troca de informações entre os bancos centrais dos países-membros, mas sem propor a criação de uma moeda única. O líder russo também reforçou a importância da cooperação econômica entre as nações do bloco, em um momento em que a Rússia enfrenta sanções econômicas impostas pelo Ocidente.

Lula enfrenta críticas por relações com Putin e postura no cenário internacional

Enquanto Dilma representava o Brasil na Cúpula do BRICS, o presidente Lula tem enfrentado crescente pressão e críticas pela sua postura nas relações internacionais. Lula mantém laços próximos com líderes como Vladimir Putin e Nicolás Maduro, o que tem gerado impacto negativo na imagem do Brasil no exterior. Em particular, a posição de Lula em relação à guerra entre Rússia e Ucrânia vem sendo alvo de controvérsia.

Em abril de 2023, Lula sugeriu que a Ucrânia teria provocado o conflito, e culpou os Estados Unidos e a União Europeia pelo fornecimento de armas, o que foi interpretado como uma tentativa de desviar a responsabilidade de Putin, que enfrenta acusações de crimes de guerra no Tribunal Penal Internacional (TPI). Essa posição provocou reações negativas de aliados ocidentais, enquanto Lula tenta manter a neutralidade e defender negociações de paz.

Recentemente, Putin anunciou que não comparecerá à Cúpula do G20 no Rio de Janeiro em novembro de 2024, apesar de ter uma relação “excelente e amigável” com Lula. Essa decisão veio após Lula garantir que Putin não seria preso se visitasse o Brasil, devido ao mandado de prisão emitido pelo TPI. Posteriormente, Lula recuou na declaração, afirmando que a decisão sobre a prisão de Putin caberia à justiça brasileira.

Além disso, Lula tem recebido repetidas visitas do chanceler russo Sergey Lavrov, mas recusou encontros com representantes ucranianos, incluindo o embaixador Andriy Melnyk, o que compromete a percepção de neutralidade do Brasil no conflito.

A relação com Putin e a postura de Lula em relação ao conflito na Ucrânia têm colocado o Brasil em uma posição delicada no cenário internacional, o que pode dificultar a diplomacia brasileira em temas globais.

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