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Ouça áudio: Denúncia contra Capitão Alberto Neto e Maria do Carmo inclui alegações de “caixa dois”


Manaus – A campanha para a prefeitura de Manaus, encabeçada por Capitão Alberto Neto (PL) e sua vice, Maria do Carmo (Novo), foi abalada por uma grave denúncia de crimes eleitorais, que está gerando repercussão em todo o país. A acusação foi apresentada por Ronaldo Fernandes, ex-coordenador da campanha e candidato a vereador pelo partido Novo, que protocolou a queixa na Polícia Federal e no Ministério Público.

Fernandes, que inicialmente ocupava o posto de articulador da campanha, afirma que os candidatos estão envolvidos em um esquema de “caixa dois”, abuso de poder político e econômico, além do uso ilícito de empresas ligadas a Maria do Carmo para financiar a campanha. De acordo com ele, sua participação na campanha foi acordada em troca de um aporte financeiro de R$ 1,4 milhão, que visava financiar tanto sua candidatura quanto a campanha de Alberto Neto e Maria do Carmo.

A denúncia detalha que os repasses de recursos começaram em abril, com uma transferência inicial de R$ 340 mil, e aumentaram progressivamente, alcançando R$ 240 mil mensais para o pagamento de cabos eleitorais. Segundo Fernandes, os valores foram ocultados e não constam nas declarações financeiras oficiais da campanha, o que configura o crime de “caixa dois”, uma grave violação das regras eleitorais brasileiras, que exigem total transparência nas prestações de contas até o dia 5 de novembro.

Além das alegações de “caixa dois”, Fernandes também acusa Maria do Carmo de usar empresas de sua propriedade para transferir recursos indevidos à campanha, incluindo uma transferência de R$ 22 mil vinda do Centro de Estudos Jurídicos do Amazonas, empresa da qual ela é sócia. Esses valores, de acordo com o denunciante, também não foram declarados, o que reforça a suspeita de irregularidades.

A situação se torna ainda mais delicada com a divulgação de áudios que, supostamente, mostram Maria do Carmo ameaçando agir de forma agressiva caso os membros da equipe eleitoral demonstrassem insatisfação com o não pagamento de valores prometidos. Fernandes aponta ainda que a presença de seguranças privados nas reuniões de campanha criou um ambiente de intimidação e coação eleitoral.

A denúncia apresentada ao Ministério Público pede uma investigação completa sobre as acusações de crimes eleitorais, incluindo corrupção eleitoral ativa, coação eleitoral, falsidade ideológica eleitoral, abuso de poder econômico, captação ilícita de sufrágio e formação de organização criminosa. Fernandes busca, além disso, que a Justiça Eleitoral declare a inelegibilidade de Capitão Alberto Neto e Maria do Carmo.

Até o momento, a assessoria de campanha dos candidatos não se pronunciou publicamente sobre as acusações, apesar de o espaço para resposta continuar aberto. O clima de incerteza e tensão política cresce à medida que a Justiça avança nas investigações, podendo impactar diretamente o resultado das eleições e a trajetória política dos envolvidos.

Com a repercussão nacional que o caso está ganhando, muitos analistas políticos avaliam que essa denúncia pode abalar significativamente a imagem pública dos candidatos e influenciar a decisão dos eleitores manauaras. Situações como essa têm o potencial de repercutir além das fronteiras da capital amazonense, trazendo à tona debates sobre a lisura dos processos eleitorais no Brasil e a importância da fiscalização rigorosa das campanhas.

Ouça o áudio abaixo:

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