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Deadpool & Wolverine (2024)

Por mais que Deadpool e Wolverine tente incessantemente pegar o publico pela nostalgia e pelas piadas na qual o personagem se segura, é como se tivessem aberto mão do roteiro e deixado apenas um fluxo de acontecimentos que muito provavelmente julgaram ser pra lá de especiais mas que na prática é apenas algo enlatado e direcionado pensando em um público muito especifico.

O diretor da vez é o Shawn Levy que consegue deixar um filme completamente sem tato algum seja de logica narrativa, quanto de timing cômico e de um argumento palpável para que a existência do filme seja defensável ou até mesmo explicável, coisa que aqui é quase impossível, para além da falta de tesão em filmar esses personagens, é tudo tão pasteurizado e cínico que vezes dá até gastura em acompanhar uma trama que vai de set em set sem dizer exatamente NADA.

A logica por de trás de ”filme do Deadpool” é quase nula pois para além de um drama já trabalhado nos outros dois filmes anteriores do anti-herói, a adição do Wolverine fica carecendo de um olhar sob ele, uma trama pra chamar de sua e desenvolvimento para que ele consiga ter momentos para brilhar.

E isso não é um problema de elenco, pois todos estão bem em seus papeis, desde Ryan Reynolds como Deadpool, até Emma Corrin (The Crown) como a vilã Cassandra Nova, irmã de Charles Xavier, que acaba por cair no mesmo deslize que tantos outros vilões sofrem na Marvel; Vilões fortes com múltiplos poderes e um leque de tantas maneiras de se trabalhar tal personagem que acaba virando apenas uma amostragem de seus poderes em momentos específicos, na maioria das vezes decisivos.

Emma Corrin como Cassandra Nova

Mas nem tudo é de todo mal. O pensamento por de trás disso tudo que apesar muito verbalizado, nada se faz com isso diretamente, seja pela falta de sentido, quanto por isso acabar por não carregar por si só alguma linguagem cinematográfica pertinente a trama, é a abordagem sobre a venda da Fox, sobre os heróis dela, sobre esquecimento, só que até ai, pensando agora, parece uma logica errática a partir do momento em que a Disney está fazendo esse filme como se ela desse uma batidinha na costa da Fox, com uma ”homenagem” de muito do seu mau gosto.

Aqui temos um filme que por mais que tente muito ser autoconsciente e diferente, acaba por ser totalmente formulaico e batido, na sua própria narrativa e escolhas de como vai ser contada essa historia que pouco se tem a oferecer. Um verdadeiro enterro da Fox da pior forma e mais cínica possível o quanto eles conseguiram, as tais aparições bombásticas pouco se tem e são usadas em um cenário pobre e cheio de problemas, que não faz nem jus aos filmes da Fox que em retrospecto a esse, nossa senhora…

Deadpool e Wolverine diverte em momentos bem específicos mais trabalhando com essa dinâmica de multiverso que tanto fez mal pra própria fórmula já batida da Marvel faz com que para além de ser uma produção que se diferencia muito das outras, não por mérito próprio, mas sim pelo diretor infelizmente ter essa identidade com falsa complexidade e falta de tato para com timing cômico é bizarro como Deadpool e Wolverine causa cansaço demais com momentos pontuais que você pensa “agora vai” mas nunca vai de fato.

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