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China retalia EUA e impõe tarifas sobre produtos americanos em nova escalada comercial

Pequim/Washington – A guerra comercial entre China e Estados Unidos ganhou um novo capítulo nesta terça-feira (4), quando o governo chinês anunciou a imposição de tarifas sobre diversos produtos americanos, em resposta às novas sanções tarifárias determinadas pelo presidente Donald Trump. A medida chinesa atinge setores estratégicos da economia americana, incluindo energia, petróleo, máquinas agrícolas e automóveis de luxo.

As novas tarifas da China entram em vigor na próxima segunda-feira (10) e incluem:

• 15% sobre carvão e gás natural liquefeito;

• 10% sobre petróleo bruto, caminhonetes e carros de grande porte;

• 10% sobre máquinas agrícolas e outros produtos industriais.

A retaliação vem logo após Trump impor uma tarifa de 10% sobre todas as importações chinesas para os EUA, como parte de sua estratégia para reduzir o déficit comercial com Pequim e pressionar o governo chinês a interromper o fluxo da droga fentanil para os Estados Unidos.

China Acusa EUA de Violações na OMC e Anuncia Investigação contra Google

Em comunicado oficial, o governo chinês criticou a decisão americana e anunciou que apresentará uma queixa formal à Organização Mundial do Comércio (OMC), alegando que as tarifas impostas por Washington são uma violação grave das regras do comércio internacional.

“A imposição unilateral de tarifas pelos EUA não só não ajuda a resolver seus próprios problemas, como também prejudica a cooperação econômica entre os dois países”, declarou o Ministério do Comércio da China.

Além disso, Pequim também anunciou a abertura de uma investigação antitruste contra o Google, aumentando ainda mais a tensão entre as duas maiores economias do mundo.

Impacto e Cenário Global

Embora as medidas chinesas atinjam setores importantes da economia americana, especialistas apontam que o impacto imediato nos EUA pode ser limitado. A China representa apenas 2,3% das exportações americanas de gás natural liquefeito, e suas maiores importações de veículos vêm da Europa e do Japão, não dos EUA.

A guerra comercial entre China e EUA já vinha se intensificando desde o primeiro mandato de Trump, em 2018, quando ele implementou a política “América em Primeiro Lugar”, aumentando tarifas sobre produtos estrangeiros. Apesar da transição para o governo Joe Biden, as sanções contra a China continuaram, com foco em alta tecnologia, semicondutores e veículos elétricos.

Agora, com a possibilidade de um retorno de Trump à Casa Branca, o governo chinês se prepara para um cenário ainda mais adverso, especialmente se os EUA elevarem ainda mais as tarifas. Para Pequim, o maior receio é que Trump cumpra a promessa de campanha de aumentar as taxas para até 60%.

A disputa comercial entre as duas potências segue como um dos fatores de maior instabilidade na economia global, com impacto direto nas cadeias produtivas e nos mercados internacionais.

Redação Update

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