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Babá morta em Manaus era prostituída e mantida em cárcere pela patroa

Em uma coletiva de imprensa realizada na manhã de quinta-feira, 29 de agosto, a delegada Marília Campello, responsável pelo caso, revelou detalhes perturbadores sobre a vida de Geovana enquanto estava sob o domínio de Kamila Barroso. Segundo a delegada, Kamila utilizava sua residência como um ponto de prostituição, e Geovana, que inicialmente foi aliciada com promessas de festas e bebidas, foi forçada a se prostituir contra sua vontade. Kamila impedia Geovana de sair da casa e a mantinha sob constante vigilância e ameaças.

A investigação também revelou que Kamila, ao aterrorizar Geovana, afirmava ser ex-esposa de Mano Kaio, um dos líderes do tráfico de drogas no Amazonas, atualmente foragido no Rio de Janeiro. Kamila usava essa suposta ligação com o tráfico para intimidar Geovana, ameaçando que, caso ela tentasse fugir, “o pessoal do tráfico” a puniria severamente.

Na noite de quarta-feira, 28 de agosto, Kamila Barroso foi presa, sendo apontada como a principal suspeita da morte de Geovana. As investigações também indicam a participação de um homem, identificado como Eduardo Gomes da Silva, no assassinato da jovem. Eduardo está sendo procurado pela Polícia Civil do Amazonas, que continua empenhada na captura do suspeito.

Márcia Costa, mãe de Geovana, revelou que sua filha trabalhava para Kamila há cerca de um ano, mas nunca havia mencionado qualquer problema ou desentendimento com a patroa. A descoberta do verdadeiro tratamento que Geovana recebia foi um golpe devastador para a família. “Ela nunca me contou nada. Saber que minha filha estava sendo maltratada e, em seguida, descobrir que ela está morta é insuportável. Espero que a justiça seja feita e que os responsáveis paguem pelo que fizeram. Só quero entender o motivo pelo qual tiraram a vida da minha filha”, desabafou Márcia.

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