O dia das eleições presidenciais
Nos Estados Unidos, as eleições gerais acontecem simultaneamente nos 50 estados e no Distrito de Columbia, na primeira terça-feira após a primeira segunda-feira de novembro. Em uma eleição presidencial, os cidadãos registrados votam em seu candidato preferido, mas, na verdade, eles não escolhem o presidente diretamente. Ao invés disso, os votos populares servem como uma orientação para que os delegados do Colégio Eleitoral, representantes do seu estado, façam a escolha final.
Como funciona o sistema de eleições gerais
Embora possa parecer confuso, o sistema de votação indireta foi estabelecido pelo Congresso americano em 1845 e, desde então, define que os eleitores escolhem seus candidatos indiretamente. Essa tradição vem desde o século XVIII, quando as dificuldades de comunicação e o tamanho do território tornavam a eleição direta quase impossível. Assim, os delegados, eleitos pela população, são responsáveis por escolher o presidente, representando os interesses dos eleitores de cada estado.
O que é o Colégio Eleitoral?
O Colégio Eleitoral dos Estados Unidos conta com 538 delegados, número que reflete a soma dos senadores (100 no total, com 2 por estado), dos representantes da Câmara (435) e dos três delegados do Distrito de Columbia. Para vencer a eleição, o candidato precisa de uma maioria absoluta de 270 votos no Colégio Eleitoral. O número de delegados por estado é proporcional à população, o que significa que estados mais populosos, como a Califórnia com 54 delegados, possuem maior influência, enquanto estados menores, como Wyoming, têm apenas três delegados.
O sistema “winner takes all” (o vencedor leva tudo)
Em 48 dos 50 estados, o candidato que conquistar a maioria dos votos populares leva todos os delegados daquele estado. Esse sistema, chamado de “winner takes all”, significa que não importa a margem de vitória: se o candidato A tiver 51% dos votos em um estado e o candidato B, 49%, todos os votos eleitorais vão para o candidato A.
Essa estrutura do Colégio Eleitoral é única e reflete uma tradição histórica do sistema eleitoral americano, destacando as complexidades e particularidades do processo de escolha do presidente dos Estados Unidos.