A partir desta terça-feira (17), a Praia da Ponta Negra, um dos mais populares balneários de Manaus, foi oficialmente interditada para banhistas devido à queda do nível do Rio Negro, que está abaixo da cota mínima de segurança estabelecida. A medida foi anunciada pelo prefeito David Almeida no início da manhã, em resposta às condições críticas do rio.
De acordo com a medição feita pelo Porto de Manaus, nesta quarta-feira (18), o Rio Negro atingiu a marca de 15,77 metros, ficando aquém da cota de segurança estipulada em 16 metros. Esse limite foi estabelecido a partir de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) assinado em 2013, que determina que a interdição da praia deve ocorrer sempre que o nível do rio descer abaixo de 16 metros, uma vez que a segurança para atividades de banho fica comprometida.
A Prefeitura de Manaus, em conjunto com o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) e o Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM), vinha monitorando as condições da praia há mais de duas semanas. Durante esse período, laudos técnicos foram solicitados para avaliar a balneabilidade do local e os riscos à segurança dos banhistas. Os resultados indicaram que, com o Rio Negro abaixo de 16 metros, o mergulho torna-se perigoso, aumentando o risco de acidentes.
Nas últimas 24 horas, o nível do rio caiu 22 centímetros, o que motivou ainda mais a interdição como medida preventiva. Entre as ações a serem adotadas, destacam-se a instalação de placas informativas ao longo da praia, alertando a população sobre o risco de entrar na água.
No entanto, a interdição não afeta completamente o uso da área. O trecho de areia continua liberado para atividades físicas, como caminhadas e exercícios, além de momentos de lazer para os frequentadores. O funcionamento do calçadão, bem como a operação das demais estruturas do complexo da Ponta Negra, segue normalmente, sem impactos por conta da interdição.