Manaus (AM) – A Universidade Federal do Amazonas (Ufam) anunciou a adoção temporária do ensino remoto como medida de proteção à saúde de seus alunos e funcionários devido à intensa fumaça causada pelas queimadas que assolam o estado. A decisão foi oficializada em uma portaria assinada pelo reitor Sylvio Pulga e divulgada nesta quarta-feira (28) no Diário Oficial da União. As atividades acadêmicas e administrativas da Ufam serão realizadas de forma remota a partir desta quarta-feira (28) até sábado (31).
Essa medida emergencial foi tomada em resposta à deterioração da qualidade do ar na cidade de Manaus, que, segundo o Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva) da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), atingiu níveis alarmantes de poluição. O Selva classificou a qualidade do ar em diversos bairros da cidade como “ruim” e “muito ruim”, com a situação se agravando ao ponto de ser considerada “péssima” na terça-feira (27).
As queimadas no estado do Amazonas têm atingido recordes históricos, com números alarmantes de focos de incêndio. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o estado já contabilizou mais de 12 mil focos de queimadas em 2024, sendo este agosto o terceiro pior da série histórica dos últimos 26 anos. Essa situação tem levado a uma crise ambiental e de saúde pública, com a fumaça afetando a vida cotidiana e forçando a adoção de medidas como o ensino remoto na Ufam.
A comunidade acadêmica foi orientada a acompanhar as atividades remotamente, e a Ufam está monitorando de perto a situação para decidir sobre a continuidade das aulas presenciais após o período estipulado. A universidade também se comprometeu a manter os alunos e funcionários informados sobre possíveis mudanças e novas orientações, conforme a situação ambiental evolua.
Confira a nota oficial da reitoria abaixo:
