O caso de Richard Ferreira da Cruz, um jovem de 20 anos, ganhou grande repercussão após sua mãe, Alessandra, acusar um médico do Hospital Municipal Lourenço Jorge, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro, de ter causado sua morte. Richard havia sido internado no sábado (10) à noite, após ser esfaqueado no pescoço durante um assalto. Segundo a mãe, ele estava estabilizado até que uma confusão com a equipe médica resultou em agressões fatais.
De acordo com Alessandra, o filho, que sofria de depressão e bipolaridade, foi atendido inicialmente e estava em repouso no hospital. Contudo, após ser informado por telefone de que Richard estava agitado, ela foi ao hospital e pediu que ele fosse sedado. Durante uma discussão entre Richard e a equipe médica, a situação teria escalado, e um médico supostamente agrediu o jovem com chutes e socos, atingindo diretamente a ferida causada pela facada, o que, segundo a mãe, levou à morte do filho.
Em nota oficial, o hospital alegou que Richard estava agitado e agressivo, atacando os profissionais de saúde, o que forçou a equipe a adotar “medidas de proteção”. A Secretaria Municipal de Saúde afirmou que a morte foi causada pelos ferimentos anteriores, recebidos durante o assalto, e não pelas alegadas agressões. A identidade do médico envolvido não foi divulgada.
A polícia foi acionada, e a investigação, inicialmente conduzida pela 16ª DP (Barra da Tijuca), foi transferida para a Delegacia de Homicídios. A mãe de Richard registrou a agressão na delegacia antes de voltar ao hospital, onde recebeu a notícia da morte do filho.
A Secretaria Municipal de Saúde lamentou o ocorrido e afirmou que o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) e que a polícia já está investigando as circunstâncias do caso. O trágico episódio levanta questionamentos sobre a conduta dos profissionais de saúde e as circunstâncias que levaram à morte de Richard.