Os ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) retomaram, na tarde desta terça-feira (25/3), sessão para decidir se aceitam ou não denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete aliados em ação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022, vencidas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Ao analisar a preliminar sobre a competência da Primeira Turma para julgar o caso, Alexandre de Moraes mostrou dados e afirmou que 168 ações foram julgadas nas turmas. “Fizemos uma norma de transição. Denúncias apresentadas no plenário ficariam lá, mas as futuras denúncias seriam analisadas sempre pelas turmas”, argumentou.
O ministro ainda frisou que “o tratamento é igualitário a todos os acusados. Não se justifica nenhum tratamento diferenciado a este ou aquele acusado”.
“Nas primeiras três ações penais, fixei que a responsabilização dos partícipes que culminaram com condutas golpistas deve ser realizado com respeito sem qualquer distinção”, destacou.
Depois, Moraes ressaltou que é necessário desfazer uma narrativa, assim como se a terra fosse plana, que o STF estaria condenando velhinhas com a Bíblia na mão. “Nada mais mentiroso do que isso. Ninguém lá estava passeando”, disse Moraes.
A sessão volta após intervalo para o almoço. Pela manhã, houve manifestação do procurador-geral da República, Paulo Gonet, e da defesa dos denunciados. Bolsonaro decidiu assistir presencialmente ao julgamento e está sentado em frente ao relator do processo, ministro Alexandre de Moraes.