Putin anuncia cessar-fogo temporário durante a Páscoa com a Ucrânia

 O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou um cessar-fogo temporário por ocasião da Páscoa ortodoxa, suspendendo todas as operações militares russas das 18h deste sábado (19/4) até a meia-noite de domingo para segunda-feira (21/4). A decisão, segundo Putin, é motivada por “considerações humanitárias” e inclui a expectativa de que a Ucrânia siga o exemplo. No entanto, ele alertou que as tropas russas permanecerão preparadas para responder a “provocações” ou “ações agressivas” ucranianas.

A resposta do presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, foi imediata e contundente. Ele rejeitou a proposta russa, acusando Putin de desrespeitar a Páscoa e a vida humana. “Às 17h15, drones de ataque russos foram detectados em nosso espaço aéreo. ‘Shaheds’ [drones iranianos] em nosso céu – essa é a verdadeira atitude de Putin”, declarou Zelensky, informando que as defesas aéreas ucranianas já estavam em ação. Ele confirmou que as operações militares de Kiev continuarão, especialmente nas regiões de Kursk e Belgorod, onde tropas ucranianas avançam para ampliar zonas de controle.

O anúncio de Putin ocorre em meio a intensas pressões internacionais, lideradas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que se posiciona como mediador para encerrar a guerra iniciada em 24 de fevereiro de 2022. O conflito, que já matou 12,3 mil civis nos dois países, motivou Trump a propor um cessar-fogo imediato de 30 dias, aceito integralmente pela Ucrânia. A Rússia, por sua vez, concordou parcialmente, comprometendo-se a suspender ataques contra infraestruturas energéticas e no Mar Negro, embora as negociações permaneçam frágeis.

Na sexta-feira (11/4), Trump usou sua rede Truth Social para pressionar Putin, afirmando que “milhares morrem por semana em uma guerra terrível e sem sentido”. O líder russo, em conversas com o enviado de Trump, condicionou o cumprimento total do acordo à remoção de sanções ocidentais sobre exportações agrícolas russas, impostas pelos EUA e pela União Europeia.

As interpretações sobre o cessar-fogo no Mar Negro geraram atritos imediatos. A Rússia vê a trégua como uma oportunidade para retomar um acordo de 2022, apoiado pela ONU, que lhe garantiria controle parcial sobre o transporte comercial marítimo. Já a Ucrânia rejeita qualquer retorno da marinha russa ao oeste do Mar Negro, essencial para suas exportações. Apenas um dia após o acordo inicial, ambos os lados trocaram acusações: Kiev relatou um ataque russo à cidade portuária de Mykolaiv, enquanto Moscou afirmou ter abatido dois drones ucranianos sobre o Mar Negro.

Redação Update

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