Embora o blecaute tenha ocorrido principalmente durante o dia, os registros noturnos foram essenciais para documentar a magnitude da falha elétrica. Segundo a ESA, os satélites Suomi-NPP, NOAA-20 e NOAA-21, operados pela NASA, sobrevoaram a região seis vezes entre o anoitecer e o amanhecer, oferecendo uma sequência cronológica da recuperação do sistema.
“As seis imagens ilustram a cronologia e a cartografia do apagão, desde as primeiras órbitas ao anoitecer até à recuperação quase completa por volta das 5h da manhã. Foi uma noite praticamente sem nuvens”, detalhou a ESA em comunicado oficial.
Ao aplicar algoritmos noturnos desenvolvidos pela NASA, pesquisadores conseguiram identificar zonas escuras e iluminadas com precisão. “As grandes manchas verdes que aparecem de repente e desaparecem gradualmente indicam ausência de luz. Já as áreas brancas mostram regiões com fornecimento estável de eletricidade”, explicou Alejandro Sánchez de Miguel, pesquisador do Instituto de Astrofísica da Andaluzia (IAA-CSIC), citado pela ESA.
A distribuição dos pontos nas imagens é compatível com os relatórios das operadoras de energia, que apontaram uma recuperação gradual do fornecimento ao longo da noite. Enquanto algumas áreas voltaram à normalidade rapidamente, outras permaneceram na escuridão por várias horas.