O dia 7 de abril marca o Dia do Jornalista no Brasil, uma data para lembrar, valorizar e, acima de tudo, refletir sobre a importância do jornalismo na construção de uma sociedade mais justa, informada e democrática. A escolha da data não é aleatória: ela homenageia Giovanni Battista Líbero Badaró, médico e jornalista italiano radicado no Brasil, assassinado em 1830 por suas ideias liberais e críticas ao autoritarismo. Seu assassinato causou grande comoção e se tornou símbolo da luta pela liberdade de imprensa no país.
Desde então, o jornalismo brasileiro percorreu um longo caminho — enfrentando censuras, regimes autoritários, perseguições políticas e, mais recentemente, uma onda massiva de desinformação que ameaça não só a credibilidade da profissão, mas também a própria noção de verdade.
Do papel impresso ao digital, o compromisso com a verdade permanece
Se no passado o jornalista era aquele que ia às ruas, bloco e gravador na mão, hoje ele navega entre redes sociais, bancos de dados, ferramentas de checagem e inteligência artificial. A tecnologia transformou a forma de produzir e consumir notícias, mas o essencial permanece: o compromisso ético com a verdade, a apuração rigorosa dos fatos e a responsabilidade com o impacto da informação publicada.
Com a popularização da internet e o acesso facilitado às redes sociais, todos passaram a poder publicar, opinar e compartilhar informações. Isso democratizou a comunicação, mas também abriu caminho para a explosão das fake news, muitas vezes impulsionadas por interesses políticos, econômicos ou ideológicos. Nesse cenário, o jornalista se torna uma figura ainda mais central: ele é o filtro necessário entre o público e a avalanche de informações diárias.
Jornalista: entre a pressão do tempo e a urgência da verdade
A profissão, no entanto, não está isenta de desafios. Além da desvalorização em muitos setores, jornalistas enfrentam ameaças, campanhas de descredibilização, discursos de ódio e a constante pressão para produzir conteúdo em tempo real. Mesmo assim, seguem firmes, atuando como guardiões da informação de qualidade, desmentindo boatos, checando fatos e oferecendo ao público a chance de formar opiniões baseadas em dados reais — e não em narrativas distorcidas.
O jornalismo profissional, com sua metodologia, ética e responsabilidade social, é uma das principais ferramentas no combate à desinformação. Por isso, ao celebrarmos o Dia do Jornalista, celebramos também a defesa da democracia, da liberdade de expressão e do direito do cidadão à informação confiável.
Valorizar o jornalista é valorizar a verdade
Em tempos de dúvidas, polarizações e incertezas, o trabalho do jornalista é ainda mais essencial. Ele não é apenas o mensageiro das notícias, mas também um fiscal da realidade, que ajuda a manter a sociedade informada, crítica e ativa.
Hoje, mais do que parabenizar os profissionais da notícia, é hora de reafirmar seu papel indispensável no Brasil e no mundo. Porque onde há jornalismo sério, há democracia. E onde há democracia, há esperança.