Manaus segue revelando talentos que brilham nos tatames do Brasil. A amazonense Thaina Samela Souza, da academia Melqui Galvão Jiu-Jitsu, conquistou nesta última segunda-feira (28) o título de campeã brasileira da CBJJ 2025, na categoria Adulto Faixa Azul Pluma, durante o Campeonato Brasileiro de Jiu-Jitsu, realizado em Barueri, São Paulo. Com apoio da Prefeitura de Manaus, por meio da Fundação Manaus Esporte, a atleta subiu no lugar mais alto do pódio após um desempenho impressionante: cinco lutas e cinco finalizações. “Esse fim de semana foi inesquecível! Entrei no tatame com foco, determinação e o coração cheio de gratidão. Fiz 5 lutas e finalizei todas elas — estou muito feliz com esse resultado e, principalmente, com a evolução que senti em cada minuto de competição”, compartilhou Thaína nas redes sociais. A atleta também fez questão de agradecer ao professor Melqui Galvão: “Quero agradecer de coração ao professor @melquigalvaoji por acreditar em mim e me dar essa oportunidade incrível. Fazer parte desse time @escolamelquigalvao.jundiai e estar cercada por tanta dedicação e excelência tem feito toda a diferença na minha jornada.” Thaína finalizou sua publicação com uma mensagem de gratidão e motivação: “Também não posso deixar de agradecer a todos que torceram por mim, que mandaram mensagens, acompanharam de longe ou de perto — vocês me motivam todos os dias a dar o meu melhor. Essa foi só mais uma etapa. Seguimos firmes, com humildade, trabalho duro e sede de evolução. Oss!” Natural de Manaus, Thaína Guimarães é hoje campeã brasileira e um dos grandes nomes da nova geração do jiu-jitsu amazonense.
Adanilo lança livro ‘Dramaturgia Galerosa’ nesta terça, em Manaus
O ator e diretor manauara Adanilo, que estava no ar na novela “Volta Por Cima”, da TV Globo, lançará o livro Dramaturgia Galerosa nesta terça-feira, 29/4, às 19h, com entrada gratuita, no Teatro Gebes Medeiros, Centro Histórico de Manaus. A coletânea conta com textos para teatro escritos por ele, sendo dividida em quatro partes. Cada uma retrata estilos e momentos distintos da escrita do autor, que investiga o cotidiano amazônico. O evento terá sessão de autógrafos e leitura dramatizada de alguns textos. Em entrevista exclusiva Adanilo explicou que a obra foi criada com muito carinho, reunindo treze textos escritos em um período de dez anos. O artista ressaltou sua felicidade de poder lançar o livro em Manaus. “Alguns deles já foram encenados e são textos que falam da realidade manauara, mas também de uma maneira universal para poder dialogar com o público todo. E eu acho que trazer esse trabalho para ser lançado aqui em Manaus é no mínimo imprescindível”, destacou o artista. Adanilo, indígena e manauara, já integrou o elenco de filmes como Marighella e Noites Alienígenas, além de atuar nas novelas Renascer e Volta Por Cima. O livro já havia sido lançado no Festival de Teatro de Curitiba (PR) e agora, na capital amazonense. “É sobre esse território e essas pessoas que eu escrevo, então acho muito legal poder apresentar Dramaturgia Galerosa aqui para esse público. Espero que as pessoas compareçam e debatam essas ‘manauaridades’ que eu proponho nos meus textos”, completou ele. Com informações – Portal RIOS DE NOTÍCIAS,
Festival de Parintins: MP emite recomendação a associações e órgãos públicos por segurança do evento
A dois meses do 58º Festival Folclórico de Parintins, marcado para os dias 27, 28 e 29 de junho, o Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM), por meio das três promotorias de Justiça do município, emitiu recomendação conjunta em prol da segurança de todos os envolvidos no evento, de artistas à população. O documento, na íntegra, está disponível no Diário Oficial do MP (Dompe) desta segunda-feira (28/04). Além dos protagonistas da festa, os bumbás Caprichoso e Garantido, o documento também é direcionado ao Corpo de Bombeiros do Estado do Amazonas (CBMAM), ao Departamento Estadual de Trânsito do Amazonas (Detran-AM), aos titulares das Delegacias de Polícia de Parintins e ao delegado-geral da Polícia Civil do Estado do Amazonas, à prefeitura, ao conselho tutelar do município, à Secretaria Municipal de Educação e à Coordenadoria Estadual de Educação da cidade. O documento, assinado pelos promotores de Justiça Ricardo Mitoso Nogueira Borges (1ª PJ), Ney Costa Alcântara de Oliveira Filho (2ª) e Marina Campos Maciel (3ª), abre com seis pontos direcionados às agremiações azul e vermelha: 1. Que se abstenham de utilizar, durante suas respectivas apresentações, em todos os dias de festival, quaisquer alegorias, módulos alegóricos, número, performances artísticas e operação de máquinas cuja construção e execução/funcionamento não possua a obtenção prévia de alvarás de licença ou Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) individual e multiprofissional — engenheiro civil, eletricista, mecânico e técnico de segurança do trabalho; 2. Que observem e cumpram as determinações do Corpo de Bombeiros e do Detran-AM quanto à movimentação e disposição de alegorias em vias públicas, antes, durante e após o evento. 3. Que implementem protocolo específico para prevenção e combate ao trabalho infantil nas atividades relacionadas ao festival, proibindo expressamente a contratação de crianças e adolescentes menores de 16 anos — exceto na condição de aprendiz a partir dos 14 anos; 4. Que mantenham controle rigoroso sobre a participação de adolescentes nas apresentações e ensaios, exigindo autorização expressa dos pais ou responsáveis legais, mediante reconhecimento em cartório; 5. Que designem, para cada ensaio e apresentação com participação de crianças e adolescentes, responsável específico, devidamente identificado e qualificado; 6. Que estabeleçam espaços adequados e exclusivos para a preparação e aguardo das apresentações por crianças e adolescentes, com acesso restrito e monitorado, garantindo condições de segurança, hidratação, alimentação e descanso apropriados. “As Promotorias de Justiça de Parintins, observando as situações pontuais de edições anteriores do festival folclórico, no âmbito de suas atribuições e com vista a otimizar os trabalhos e evitar confusões a respeito de recomendações por mais de uma promotoria, resolveram expedir, em conjunto, uma recomendação com medidas para orientação e atuação a diversos órgãos e instituições públicas e privadas. A prioridade é garantirmos os direitos e a segurança de todos que virem ou estejam na cidade para participar desse belíssimo evento cultural do Amazonas”, afirmou o promotor de Justiça Ricardo Mitoso Nogueira Borges. Ao Corpo de Bombeiros e ao Detran-AM, os promotores recomendaram a realização de um plano de operação para a movimentação e disposição das alegorias das associações folclóricas, observando a necessidade de garantir a segurança de todas as pessoas durante o período. Especificamente aos CBMAM, foi solicitada fiscalização técnica em todos os dias de festival, com vistoria prévia de cada uma das alegorias, módulos alegóricos e operação de máquinas e exigência de Anotação de Responsabilidade Técnica (ART) individual e multiprofissional. Delegados e delegado-geral Já aos delegados e ao delegado-geral da PC-AM, o MP pediu que: requisitem imediatamente as imagens de eventuais câmeras de segurança do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) no município, em caso de delitos que tenham sido registrados; que reforce-se o efetivo da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente durante o período; e que estabeleçam procedimento específico para pronta apuração de denúncias relacionadas à exploração sexual, trabalho infantil e venda de bebidas alcoólicas a crianças e adolescentes durante o período do festival. Conselho Tutelar de Parintins Os promotores de Justiça endereçaram ao Conselho Tutelar de Parintins os seguintes pedidos: que estabeleça escala especial de plantão durante o período do festival, com presença reforçada de conselheiros nas proximidades do Bumbódromo e demais áreas de concentração de público; que elabore e implemente, em conjunto com a Secretaria Municipal de Assistência Social, plano de ação específico para prevenção de situações de risco envolvendo crianças e adolescentes durante o evento; e que disponibilize em locais de grande circulação, informações visíveis sobre os canais de denúncia de violações de direitos de crianças e adolescentes, com números de telefone e endereço do Conselho Tutelar. Área de educação Por fim, o parquet recomenda à Secretaria Municipal de Educação e à Coordenadoria Estadual de Educação que: promova nas escolas da rede municipal e estadual, antes do início do festival, atividades educativas sobre os direitos das crianças e adolescentes, com informações sobre canais de denúncia de violações durante o evento; e oriente os professores e funcionários das escolas a estarem vigilantes quanto a possíveis sinais de violações de direitos desse público no período que antecede e durante o festival. Os destinatários têm até 30 de maio para se manifestarem a respeito do conteúdo, ficando advertidos de que seu descumprimento pode implicar na adoção de medidas administrativas ou judiciais cabíveis.
Brasileiros calculam prejuízos causados pelo apagão em Portugal
A conta chegou no dia seguinte ao apagão que atingiu a Península Ibérica. Brasileiros residentes em Portugal acordaram nesta terça-feira calculando os prejuízos causados pela falha na distribuição de energia que durou mais de dez horas. Dona do restaurante Casa da Grelhada Mista, em Sintra, arredores de Lisboa, a brasileira Isabel Cadete relata um prejuízo de € 2 mil (cerca de R$ 12.900,00 no câmbio atual) com a segunda-feira, somados os produtos, faturamento e a previsão do valor que gastará na reposição. — Foi o estoque do dia. O prejuízo é que amanhã teremos que comprar tudo de novo, porque hoje é a nossa folga — disse ela. Ela é uma das milhares de empresárias do setor prejudicadas em Portugal. A Associação Nacional de Restaurantes informou que o impacto nos restaurantes foi “muito grave pela perda de grandes quantidades de produtos perecíveis, como carnes, mariscos, peixes frescos e bacalhau congelado, que se deterioraram devido à falta de energia”. Além de terem uma quebra significativa no faturamento. Segundo ela, as falhas no abastecimento de luz têm sido frequentes. — Sabíamos que iria acontecer este apagão. Há três anos que a luz vai e volta. E, de janeiro até agora, o intervalo entre as falhas têm sido menores. Em um deles, meu freezer queimou. Estava previsto de estrear o novo ontem [segunda] — declarou. Isabel contou que doou cerca de 20 quilos de carnes e 20 frangos que poderiam estragar: — Picanha, tiras de porco, bife de novilho… Fomos doando. Como iríamos aproveitar? Pensei que ficaria sem luz também hoje. Assim como Isabel, brasileiros iniciaram nas redes sociais e aplicativos de mensagens uma campanha de doação de alimentos, água e equipamentos, segundo o cônsul-geral em Lisboa, Alessandro Candeas. — Contatamos representantes de nossa comunidade, não houve nenhum incidente. Ao contrário. Em nossa jurisdição, ofereceram nos grupos gás, água e alimentos para quem precisasse. A comunidade brasileira é muito solidária — disse ele, adiantando que os brasileiros que não puderam ser atendidos no consulado serão chamados em breve. Com a possibilidade inicial de o apagão durar mais tempo, brasileiros e portugueses correram aos supermercados para abastecer a dispensa. A diarista Juliet Cristino tem dois filhos e diz que gastou, junto com o marido, cerca de € 1 mil (cerca de R$ 6.400,00) com as despesas feitas no cartão brasileiro e em euros, que começou a juntar há meses em um cofrinho. — Comprei muita, mas muita comida. Foram mil euros em dinheiro e cartão só com comida e água. Na minha casa moram quatro pessoas e tenho crianças. Tinha que comprar muita coisa por causa delas. Fraldas e lenços umedecidos eu perdi a conta de quanto eu comprei — disse ela, que vive em Lisboa. O prejuízo, segundo ela, foi maior porque a família, depois de ir aos supermercados e encontrar prateleiras vazias, teve que recorrer às lojas menores, que superfaturaram os preços, principalmente de garrafas d’água, pilhas e rádios. — Aumentaram os preços, mas tínhamos que comprar. Um exemplo: produto que custava € 1 (R$ 6,4) estavam cobrando até € 5 (R$ 32). Juliet conta que começou a se preparar para possíveis emergências desde o pequeno terremoto de 4,7 de magnitude em Lisboa, em fevereiro deste ano. Ela organizou uma mochila com remédios, equipamentos, como uma lamparina, começou a armazenar mantimentos e completou a dispensa na segunda-feira com outros produtos e água, porque o abastecimento público foi interrompido. — Minha bolsa de guerra já estava pronta, eu estava preparada e vinha comprando enlatados. Já tinha um pouco há um tempo. Água tinha um pouco também. Faltou na minha rua. Tive que encher os galões. A água, nos mercados, foi o que acabou primeiro. Tem um filtro que toda pessoa devia ter, porque filtra qualquer água suja na hora. Fica limpinha — declarou. Depois das horas de apreensão, Juliet diz que agora é tempo de trabalhar para amenizar o prejuízo. — E ficar mais preparada. Vou deixar sempre o carro com bastante gasolina — disse ela, que foi abastecer o tanque do carro logo nesta segunda-feira de manhã, porque os postos fecharam mais tarde depois. Os postos de gasolina tiveram procura elevada na manhã desta terça-feira, e havia filas de carros. O país ainda se recuperava do apagão e tentava voltar ao normal quando, logo cedo, encontrou dificuldades no metrô de Lisboa, que teve a circulação retomada totalmente por volta de 9h (5h do Brasil). As redes foram totalmente estabelecidas em Portugal e na Espanha no começo da madrugada. Todas as subestações elétricas espanholas tinham energia às 5h. Portugal tem 6,5 milhões clientes de distribuidoras de energia e 800 ainda esperavam que a energia fosse definitivamente religada pela manhã. As escolas receberam autorização do governo para funcionar normalmente.
Dia do Trabalho: saiba se 1° de maio é feriado ou ponto facultativo
O Dia do Trabalho, comemorado em 1° de maio, é considerado feriado nacional. Diferente do ponto facultativo, que depende da decisão de cada órgão público ou empresa privada para conceder folga, o feriado do Dia do Trabalhador é obrigatório e válido em todo o território nacional. A data celebra as conquistas dos trabalhadores ao longo da história e é tradicionalmente marcada por manifestações, eventos e reflexões sobre os direitos trabalhistas. 1° de maio é feriado ou ponto facultativo? Celebrado em diversos países do mundo, o Dia do Trabalhador é considerado feriado nacional, no Brasil. Qual é a origem do Dia do Trabalhador? No sábado de 1º de maio de 1866, trabalhadores americanos foram às ruas das grandes cidades do país pedindo a redução da carga horária máxima de trabalho por dia. ‘Oito horas por dia sem redução no pagamento’ era o que gritavam repetidamente os mais de 300 mil manifestantes. O protesto terminou em repressão, com ataque da polícia, mortes de ambos os lados e até sindicalistas condenados à morte. O movimento se alastrou pelo mundo, tendo aderência de trabalhadores europeus no ano seguinte. E a origem do Dia do Trabalho no Brasil? No Brasil, a data é celebrada desde 1925, quando virou decreto após a Greve Geral em 1917. Mas a maior mudança só veio com a Consolidação das Leis do Trabalho, em 1943. Além daqui, cerca de 80 países consideram o Dia Internacional do Trabalhador um dia de descanso, incluindo Rússia e Japão. Os EUA, curiosamente, celebram a data em setembro. E quais são os próximos feriados de 2025? Maio Junho Setembro Outubro Novembro Dezembro
Caso Vitória: MPSP denuncia Maicol por feminicídio e investiga participação de cúmplice na ocultação do cadáver
O Ministério Público de São Paulo (MPSP) apresentou nesta terça-feira (29) denúncia contra Maicol dos Santos, de 23 anos, pela morte da jovem Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, encontrada morta em Cajamar, na Grande São Paulo, no início do mês passado. Maicol é acusado dos crimes de sequestro qualificado, feminicídio, ocultação de cadáver e fraude processual.O processo corre em segredo de justiça. — Alguns elementos produzidos no curso da investigação apontam que, em relação apenas aos crimes de ocultação de cadáver e fraude processual, o Maicol pode ter tido a participação de terceiros, pessoas que ainda não foram identificadas. No momento, não há suspeitos na investigação que vai iniciar a partir de agosto — disse o promotor Jandir Moura Torres Neto durante coletiva na sede do MPSP. Com relação ao crime de fraude processual, o MPSP considerou que Maicol alterou as condições do seu veículo e da sua casa, além de ter excluído conteúdo do celular que apresentou à polícia na tentativa de obstruir as investigações. — Durante a investigação, porque já havia uma investigação em curso, ele alterou as condições iniciais do veículo e também apagou do celular diversos registros para evitar de ser implicado na investigação que estava em curso. Diante disso, é possível afirmar que ele praticou fraude processual por três vezes: carro, casa e celular — afirmou Neto. A Polícia Civil informou que a perícia realizada no carro de Maicol demonstrou a presença de material genético de uma terceira pessoa no veículo, o que reforça a tese de participação de mais um envolvido no caso. Relembre o caso Vitória Regina desapareceu no dia 26 fevereiro deste ano após sair do shopping onde trabalhava no município de Cajamar, na Grande São Paulo, e pegar um ônibus a caminho de casa. O corpo da jovem foi encontrado cinco dias depois em uma região de mata da cidade. A autoria do crime foi confessada por Maicol. Ele está preso desde o dia 8 de março indiciado por homicídio qualificado com sequestro e ocultação de cadáver. Em depoimento, disse que matou Vitória porque eles teriam tido um relacionamento no passado, mas a jovem estaria ameaçando contar a suposta traição à esposa dele. A versão é contestada por amigos e familiares da menina. Após a prisão de Maicol, agentes descobriram que ele havia criado uma conta falsa em uma rede social para seguir a vítima, de acordo com informações publicadas pela TV Record. Peritos também encontraram uma coleção de fotos de Vitória no celular do investigado. Entre as linhas de investigação, desde então, a hipótese de que ele seria um “stalker” (perseguidor, em inglês) que estaria planejando o sequestro há tempos.
Manaus terá mutirão para emissão de documentos; confira quando participar
A terceira edição da “Semana Nacional do Registro Civil – Resgistre-se!”, promovido pela Corregedoria-Geral de Justiça do Amazonas (CGJ-AM), vai fazer a emissão de diferentes documentos básicos para a população entre os dias 12 e 16 de maio, em Manaus. O mutirão será realizado no Centro de Convenções Vasco Vasques, Zona Centro-Sul. De acordo com a Corregedoria, o “Registre-se!” ocorrerá simultaneamente em todo o país e é voltado especialmente para população em situação de vulnerabilidade social. Em Manaus, aproximadamente 15 organizações vão participar da ação para emissão dos documentos. 🪪 Conforme previsto pela Corregedoria-Geral de Justiça do Amazonas, nesta edição de 2025, a população terá acesso a serviços como: Na ação, também haverá orientações para retificações de documentos já expedidos; orientações sobre documentos do segmento de saúde; expedição de documentos trabalhistas e demais. Além do “Registre-se!” em Manaus, com as atividades concentradas no Centro de Convenções Vasco Vasques, um mutirão está previsto para ocorrer, sob a coordenação do Poder Judiciário Estadual, também na segunda de maio, no município de Humaitá. No mutirão, além de equipes de atendimento da Corregedoria-Geral de Justiça do Amazonas, o “Registre-se!” contará com equipes destacadas pelos seguintes órgãos: Defensoria Pública Estadual (DPE-AM); Instituto de Identificação do Amazonas (IIACM-SSP); Receita Federal; Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM); Associação dos Notários e Registradores do Estado do Amazonas (Anoreg-AM); Associação dos Registradores Civis das Pessoas Naturais do Amazonas (Arpen-AM); Cartórios de Registro Civil; Instituto Nacional do Seguro Social (INSS); Secretaria de Estado de Saúde (SES); Fundação Vigilância em Saúde (FVS) e Coordenação dos Povos Indígenas de Manaus e Entorno (COPIME).
Maior fabricante de motos elétricas do mundo, chega à Zona Franca de Manaus
A Yadea, gigante chinesa e líder mundial na fabricação de veículos elétricos de duas rodas, deu um passo estratégico ao iniciar a produção local no Brasil. A operação, que começou oficialmente no polo industrial da Zona Franca de Manaus (AM), é realizada em parceria com a JBL (Jabil Industrial do Brasil Ltda) e marca a quarta expansão internacional da empresa com fábricas fora da China, após Vietnã, Indonésia e Tailândia. Fundada em 2001, a Yadea é a maior marca global de veículos elétricos de duas rodas, com mais de 100 milhões de unidades vendidas em todo o mundo. Seu portfólio inclui motocicletas, scooters, bicicletas elétricas e patinetes, todos voltados para a mobilidade urbana, com foco em eficiência energética, conectividade e baixo custo de manutenção. A chegada ao Brasil reforça a aposta da empresa no mercado latino-americano, especialmente em um país com grande potencial para a eletrificação do transporte em áreas urbanas congestionadas. A escolha por Manaus permite à Yadea aproveitar os incentivos fiscais da Zona Franca, garantindo maior competitividade de preços e agilidade na logística. A produção local também facilita a homologação dos modelos junto aos órgãos reguladores brasileiros e a adaptação dos produtos às necessidades do mercado nacional. “O lançamento de modelos fabricados localmente é um investimento estratégico e um compromisso com a região. Queremos oferecer uma jornada eficiente e inteligente aos nossos usuários”, afirmou o gerente geral da Yadea no Brasil, Sr. He. Embora a empresa ainda não tenha detalhado quais modelos serão produzidos em Manaus, a expectativa é que a operação priorize scooters e motocicletas elétricas voltadas para o uso urbano e o setor de entregas, segmentos em franca expansão no Brasil. A Yadea, que possui seis centros de pesquisa e desenvolvimento e mais de 2.000 patentes registradas, promete trazer ao país tecnologias avançadas e produtos alinhados aos padrões globais da marca. A entrada da Yadea na Zona Franca de Manaus pode abrir caminho para outros fabricantes asiáticos investirem na produção local de veículos elétricos, especialmente em categorias acessíveis como scooters e ciclomotores, que ganham popularidade em grandes cidades. O movimento acompanha a crescente demanda por soluções de mobilidade sustentável, em um contexto de desafios como emissões, ruído e congestionamentos urbanos. Com uma rede global de mais de 40 mil pontos de venda e uma sólida trajetória em mercados emergentes, a Yadea reforça sua posição como protagonista na transição para a mobilidade elétrica no Brasil. A operação em Manaus é apenas o começo de sua estratégia de longo prazo para conquistar os consumidores brasileiros e transformar o cenário do transporte urbano.
Lei estabelece que cidade no Acre agora é a Capital Nacional da Castanha
O município de Sena Madureira, no Acre, é agora a Capital Nacional da Castanha do Brasil. É o que estabelece a Lei 15.129, de 2025, publicada nesta terça-feira (29) no Diário Oficial da União, após sanção do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. A norma é oriunda de um projeto de lei da Câmara: o PL 2.488/2023, de autoria do ex-deputado federal Gerlen Diniz, que é o atual prefeito dessa cidade. No Senado, o projeto foi analisada na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA), onde recebeu parecer favorável do senador Alan Rick (União-AC). De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Sena Madureira está entre os principais produtores de castanha do Brasil no estado do Acre. O fruto oleaginoso é rico em selênio, um importante mineral para a saúde, e pode ser consumido inteiro ou como farinha, sendo usado em diversas receitas. Para o senador Alan Rick, a homenagem a Sena Madureira é uma “poderosa ferramenta” para alavancar o desenvolvimento econômico e social da região. “A castanha do Brasil é o ouro brasileiro, e reconhecer a participação do município de Sena Madureira é uma medida justa para aquela população”, disse ele durante a análise do projeto na CRA.
Milton Santos mais atual que nunca: Zona Franca no DF é Brasil concentrado no volume máximo
A escolha de trazer Milton Santos para esta análise não é apenas um tributo intelectual, mas uma necessidade crítica. O geógrafo baiano foi um dos primeiros a escancarar as entranhas do modelo desigual de desenvolvimento territorial no Brasil. Ao descrever a “região concentrada” — o eixo privilegiado entre Sul e Sudeste onde se acumulam infraestrutura, capital e poder decisório — Santos revelou como o território brasileiro é organizado não para integrar, mas para excluir. A proposta de criação de uma nova Zona Franca no Distrito Federal, portanto, não é apenas uma medida econômica: é um gesto político que reforça essa lógica perversa de concentração, ignorando os desafios históricos de regiões como a Amazônia. Usar suas ideias é, nesse sentido, uma forma de confrontar esse projeto seletivo de país que insiste em tratar o Norte como margem. Tem coisas que só o Brasil mesmo. E não estamos falando de jabuticaba ou jeitinho. Estamos falando de um feito ainda mais audacioso: transformar o Distrito Federal — a mais simbólica bolha de poder da República — em polo industrial incentivado. Isso mesmo, Brasília, que até hoje se destaca por legislar, julgar e circular planilhas, agora quer brincar de Zona Franca. A proposta, vendida como uma espécie de “democratização” dos benefícios fiscais, é daquelas que só ganham corpo num país onde o mapa sempre teve zonas preferenciais — não por estratégia territorial, mas por conveniência política. E quem já estudou o Brasil com o olhar crítico de Milton Santos, sabe: não há território neutro nesse país. Tudo é escolha. E essa, mais uma vez, aponta na direção do já privilegiado. Enquanto isso, Manaus — aquela cidade que resistiu entre rios, floresta e esquecimento — observa mais uma tentativa de sabotagem institucional travestida de modernidade. A capital amazonense construiu um modelo complexo, adaptado à sua realidade, que ainda sustenta milhares de empregos e garante alguma autonomia econômica à região. Mas claro, como sempre, o desconforto aparece quando o Norte tenta deixar de ser apenas fornecedor de borracha, minérios, água e paisagem. No fundo, a proposta revela uma obsessão nacional que Milton Santos descreveu com clareza: a de concentrar tudo — recursos, infraestrutura, poder — numa única faixa privilegiada do território. A tal “região concentrada”, onde a modernidade chegou com tapete vermelho e internet banda larga, segue acumulando funções enquanto o restante do país corre atrás do prejuízo com vela na mão. Brasília não produz nem exporta. Mas vai receber os mesmos incentivos que foram criados para estimular uma área isolada geográfica e historicamente dos grandes circuitos econômicos. É como decidir premiar o aluno do centro da sala, com ar-condicionado, água mineral e explicador particular, enquanto pedem ao aluno do fundo — aquele com goteira na cabeça e luz intermitente — que “compita de forma justa”. Essa decisão escancara uma velha lógica de país seletivo, onde o desenvolvimento só se concretiza para quem está bem posicionado no jogo. Fala-se em integração nacional, mas as ações dizem outra coisa: as margens seguem na função de fornecer mão de obra, matéria-prima e justificativa ambiental para discursos em conferências internacionais. Já os centros, esses continuam acumulando os benefícios do Estado, da política, da infraestrutura — e agora, vejam só, também dos incentivos fiscais. É curioso, para não dizer irônico, que tudo isso se apresente como “inovação”. Mas como dizia aquele professor baiano que cartografou nossas desigualdades com régua e indignação: o Brasil só inova para manter tudo mais ou menos no mesmo lugar. Dão o nome de desenvolvimento a um plano que, no fundo, só atualiza a velha cartilha do país dos poucos e bons: o Brasil que pensa para o Sudeste, lucra no Centro-Oeste e esquece o Norte. Faz tempo que se percebe que esse modelo de país, embora negado em discurso, nunca saiu de cena. A construção de um Brasil fragmentado, onde o acesso ao progresso depende do CEP, não é novidade para quem leu Por uma outra globalização ou O espaço dividido. Continuamos com um Norte que precisa provar todos os dias sua utilidade para não ser apagado. Um Norte que depende de incentivos não como luxo, mas como compensação mínima diante de uma lógica de desenvolvimento que o marginaliza sistematicamente. E tudo isso acontece num momento em que o discurso sobre a Amazônia nunca foi tão global. Querem preservar a floresta? Apoiar os povos da região? Valorizar o bioma? Pois bem, retirar dela as poucas ferramentas econômicas que possui vai na direção oposta. Criar uma Zona Franca no DF enquanto se fragiliza a de Manaus é como declarar amor à floresta enquanto se afia o machado. No final das contas, Brasília legisla, Brasília lucra, Brasília respira. Já o resto do Brasil, principalmente aquele escondido nas bordas do mapa, que sustente o país com seus rios, florestas e promessas de compensação que nunca se cumprem. O problema não é criar uma Zona Franca no DF. O problema é o que isso representa: um novo capítulo do velho enredo onde o Brasil é feito para poucos — e sempre os mesmos. Se houvesse uma estátua no meio da Esplanada que pudesse resumir essa história, ela não precisaria falar. Bastaria estar ali, de bronze polido e semblante cínico, olhando fixamente em direção ao Norte, com os braços cruzados — não por orgulho, mas por descaso calculado. Ao seu redor, turistas tirariam fotos sem entender que aquele monumento não homenageia um herói, mas sim o projeto silencioso de um país feito à imagem e semelhança de si mesmo: centralizador, seletivo, e profundamente confortável em excluir. Ela não apontaria para a floresta, nem para os povos que dela vivem, nem para os empregos ameaçados. Apenas sussurraria com ironia — talvez só para quem ainda insiste em acreditar na Constituição —: “E vocês ainda acham que isso aqui é uma federação?” E no final, tudo segue como sempre: Brasília legisla, Brasília lucra, Brasília respira aliviada. O resto do Brasil? Só serve mesmo para encher mapa e fornecer tema de redação do Enem.