A Seleção Amazonense de Vôlei Sub-18 está a um passo da semifinal do Campeonato Brasileiro de Seleções Sub-18 Masculino, competição que reúne os melhores talentos do país e acontece em Manaus entre os dias 19 e 23 de março. Nesta sexta-feira (21), o time entra em quadra para enfrentar a Seleção do Pará, às 15h, no Ginásio Nininberg Guerra, em busca da classificação para a próxima fase. Apoio para brilhar Com o apoio do Governo do Amazonas, que garantiu passagens aéreas para atletas amazonenses que atuam em outros estados, a equipe conta com reforços importantes. Sete jogadores foram contemplados com o benefício, sendo cinco que jogam em Minas Gerais – entre eles, Geilson, do Sada Cruzeiro – e dois que defendem equipes no Paraná. Para o secretário de Estado do Desporto e Lazer (Sedel), Jorge Oliveira, essa iniciativa fortalece o esporte de base no estado. “O apoio do Governo do Amazonas reforça nosso compromisso com o desenvolvimento do esporte de base. Estamos confiantes de que esses jovens talentos representarão bem o Amazonas e torcemos para que tragam esse título para o nosso estado”, destacou. O vice-presidente da Federação Amazonense de Vôlei (FAV), Stanley Williams, também ressaltou a importância desse incentivo. “As passagens foram fundamentais para reunirmos nossos talentos espalhados pelo Brasil. Ter essa estrutura fortalece a equipe e aumenta nossas chances de sucesso na competição”, afirmou. Campanha sólida e decisão à vista Até o momento, a Seleção Amazonense disputou três partidas no torneio, acumulando duas vitórias e uma derrota. Agora, contra o Pará, o time precisa vencer para garantir vaga na semifinal e assegurar presença na Divisão Especial em 2026. As semifinais acontecem neste sábado (22), a partir das 14h, e a grande final está marcada para domingo (23), às 15h. Com um elenco determinado e o apoio da torcida, o Amazonas sonha alto e quer fazer história no vôlei nacional. O desafio está lançado, e os jovens talentos da equipe prometem dar o máximo em quadra para alcançar o topo do pódio.
A Zona Franca em debate (de novo): O péssimo discurso de Plínio Valério e o ataque do MBL
A Zona Franca de Manaus é um dos projetos econômicos de suma importância para o Brasil,mas principalmente para a Região Norte, com o seu objetivo principal sendo a promoção dodesenvolvimento da região norte e integrar com o restante do país. O tema de tempos emtempos volta ao centro das discussões políticas, principalmente em anos de eleições. OSenador Plínio Valério em uma fala infeliz admitiu “não entender nada” sobre a tributação daZona Franca, porque digo infeliz, isso poderá ser usado contra ele nas próximas eleições.Enquanto isso, o Movimento Brasil Livre (MBL) em uma live tenebrosa defendeu a exclusãodos benefícios fiscais da região, uma proposta que, se implementada, pode ter impactosdesastrosos para a economia local. Neste artigo, vamos dialogar um pouco sobre aimportância da Zona Franca de Manaus, os riscos de falas (do Senador) e propostas (doMBL) e o por que o debate precisa ser feito com responsabilidade e conhecimento técnico. Um pouco da história: O que é a Zona Franca de Manaus e por que ela existe? A Zona Franca de Manaus foi criada em 1967 como uma estratégia do governo federal, emplena ditadura militar, para desenvolver e integrar a região amazônica, historicamenteisolada. O modelo é baseado em incentivos fiscais, ou também chamada de “guerra fiscal”,que atraem empresas para se instalarem na região, gerando empregos e movimentando aeconomia local. Esses incentivos incluem redução de impostos sobre importação, produção ecirculação de mercadorias, além de benefícios para a instalação de indústrias.O Polo Industrial de Manaus (PIM) é o coração da Zona Franca e abriga empresas dediversos setores, mesmo sendo apenas uma indústria maquiladora, como eletrônicos,motocicletas, químicos e biotecnológicos. Hoje, o PIM é responsável por mais de 500 milempregos diretos e indiretos, contribuindo significativamente para o PIB da região Norte eajudando a reduzir o desmatamento ao oferecer alternativas econômicas de ideiassustentáveis. A fala de Plínio Valério e a falta de clareza no debate Em meio a um país polarizado e discussões sobre reformas tributárias que podem mexer coma estrutura do país, o deputado Plínio Valério admitiu publicamente “não entender nada”sobre a tributação da Zona Franca de Manaus. Embora a honestidade do deputado sejalouvável em admitir a sua pouca habilidade sobre o tema, sua declaração expõe uma gravelacuna no debate político: está faltando conhecimento técnico sobre o tema? A Zona Francade Manaus não é apenas uma questão regional; é um projeto que poderia dar emancipaçãopara a região Norte, pois envolve aspectos econômicos, sociais e ambientais.A falta de clareza no debate abre espaço para propostas neoliberal e mal embasada, como ado Movimento Brasil Livre (MBL), que defende a exclusão dos benefícios fiscais da região eexcluir a Zona Franca da Região, voltando a uma concentração industrial na região Sudeste(que já existe), aos moldes do tempo de Getúlio Vargas. Sem um entendimento, ou empatia,profundo dos impactos dessa proposta, sem considerar as consequências para a população e aeconomia regional. Por que a proposta do MBL seria desastrosa? A proposta do MBL de extinguir os benefícios fiscais da Zona Franca de Manaus ignora aimportância estratégica e ignora um dos principais fatos: o Brasil é um país de tamanhocontinental e sem uma malha ferroviária contundente que poderia interliga-lo. Sem osincentivos fiscais, muitas empresas podem deixar a região, resultando em uma série deproblemas, vamos conversar em cima de dois tópicos: Primeiro – Desemprego em massa Segundo o governo Estadual, o Polo Industrial de Manaus gerou 7 mil novas vagas deempregos em Manaus. Sem os incentivos fiscais, muitas empresas podem fechar ou se mudarpara outras regiões, deixando milhares de trabalhadores desempregados. Levando emconsideração os 7 mil novos empregos. Esses empregos não apenas beneficiam ostrabalhadores contratados, mas também têm um efeito multiplicador na economia local.Além da geração de empregos, o Polo Industrial de Manaus também se destacou pelo seudesempenho financeiro em 2024, alcançando uma receita de 202 bilhões de reais segundo aFederação das Indústrias. Esse valor não apenas demonstra a vitalidade do parque industrial,mas também reforça a importância estratégica do PIM para a economia do Amazonas e doBrasil como um todo. Segundo – A necessidade de um debate qualificado O debate sobre a tributação da Zona Franca de Manaus precisa ser feito com seriedade econhecimento técnico. Declarações como a de Plinio Valério, que admitiu não entender otema, e propostas como a do MBL, que ignoram os impactos reais, mostram a urgência deuma discussão mais qualificada. É essencial que os políticos e a sociedade entendam acomplexidade do modelo e seus benefícios antes de propor mudanças radicais.Além disso, qualquer revisão dos benefícios fiscais deve ser feita de forma gradual e com aparticipação de todos os stakeholders, incluindo empresários, trabalhadores, ambientalistas eespecialistas em economia. A Zona Franca de Manaus não é apenas uma questão regional; éum projeto nacional que equilibra desenvolvimento e sustentabilidade. Qualquer mudançadeve ser pensada com cuidado, para não comprometer o futuro da Amazônia e do Brasil.A Zona Franca de Manaus é um bom projeto que precisa ser melhorado e aprimorado aosmoldes modernos, pois integra desenvolvimento econômico, geração de empregos epreservação ambiental. Propostas como a do MBL, só deixam claro o pouco caso que aspessoas de outras regiões têm com os nortistas e seu desenvolvimento. Reitero e suplico queos próximos debates sobre o tema precisam ser feitos com responsabilidade e conhecimentotécnico, evitando soluções simplistas que colocam em risco décadas de progresso.