O ex-presidente dos Estados Unidos Jimmy Carter, falecido aos 100 anos, recebeu tributos de líderes globais por seu impacto duradouro na promoção da paz, democracia e direitos humanos. Governante dos EUA entre 1977 e 1981, Carter deixou uma marca profunda na política internacional e em causas humanitárias. O atual presidente norte-americano, Joe Biden, anunciou funerais de Estado para Carter, descrevendo-o como “um líder, estadista e humanitário extraordinário”. Biden destacou seu trabalho na erradicação de doenças e na defesa de eleições livres em todo o mundo, afirmando que Carter “mudou vidas em todo o planeta”. Donald Trump, presidente eleito, ressaltou a contribuição de Carter em um momento desafiador para os Estados Unidos, reconhecendo sua dedicação em melhorar a vida dos americanos. Bill Clinton, em uma declaração conjunta com Hillary Clinton, descreveu Carter como alguém que “viveu para servir aos outros, até o fim”. Ex-presidentes republicanos também prestaram suas condolências. George W. Bush afirmou que Carter “dignificou o cargo” e continuou seu trabalho humanitário após a presidência, enquanto Barack Obama destacou seu exemplo de “vida de graça, dignidade e serviço”. Reações globais O presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva destacou o papel de Carter na defesa da democracia e na mediação de conflitos na América Latina, incluindo o apoio ao Haiti e à Venezuela. No Panamá, o presidente José Raúl Mulino lembrou a importância dos Tratados Torrijos-Carter, que transferiram o Canal do Panamá para controle panamenho. Outros líderes latino-americanos, incluindo os de Cuba, Venezuela e México, enfatizaram a influência de Carter em seus países. O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, agradeceu pelos esforços de Carter em melhorar as relações entre Cuba e os EUA. Nicolás Maduro, da Venezuela, elogiou sua contribuição para conter tentativas desestabilizadoras na região. Na Europa, o presidente francês Emmanuel Macron reconheceu o trabalho de Carter pelos direitos humanos e pela paz, enquanto o primeiro-ministro britânico Keir Starmer lembrou suas contribuições em saúde e habitação através do Centro Carter e da Habitat for Humanity. Líderes do Oriente Médio e da Ucrânia também destacaram seu legado. Abdel Fatah al-Sissi, do Egito, homenageou Carter por seu papel crucial nos acordos de Camp David, que levaram ao tratado de paz entre Egito e Israel em 1978. Volodimir Zelensky, presidente da Ucrânia, agradeceu pelo apoio de Carter à democracia e à soberania ucraniana. A Organização Mundial da Saúde (OMS), representada por Tedros Adhanom Ghebreyesus, também exaltou o trabalho do Centro Carter na eliminação de doenças tropicais, destacando o impacto global do ex-presidente. Jimmy Carter será lembrado como um líder visionário que, mesmo fora da Casa Branca, continuou a lutar por um mundo mais justo e solidário.
Gabrielzinho é eleito o melhor atleta paralímpico por jornal francês
Brasil -O multimedalhista paralímpico Grabriel Araújo, de 22 anos, foi um dos quatro vencedores do Prêmio Campeões dos Campeões de 2024, concedido pelo jornal francês L’Équipe, que contemplou ainda a ginasta norte-americana Simone Biles, o nadador francês León Marchand e a nadadora paralimpica chinesa Yuyan Jiang. Esta foi a primeira vez na história que a premiação, criada em 1946, também avaliou o desempenho de altetas paralímpicos. Três vezes campeão nos Jogos de Paris no nado costas da classe S2 (200 metros, 50m e 100m ), Gabriezinho foi eleito o melhor atleta paralímpico do ano. Entre as paratletas, o troféu ficou com a chinesa Jiang. Nascido em Santa Luzia, cidade da região metropolitana de Belo Horizonte, Gabrielzinho foi porta-bandeira da delegação brasileira em Paris e foi o primeiro a conquistar ouro para a natação paralímpica do país: venceu de ponta a ponta a prova dos 100m costas da classe S2 (atletas com grande comprometimento físico e motor), e depois arrematou outros dois ouros (50m e 200m costas). Irreverente, o nadador que já se destacara nos Jogos de Tóquio (dois ouros e uma prata), conquistou os franceses que lotavam a Arena La Defense ao comemorar as conquistas dançando e brincando no topo do pódio. Na disputa da categoria melhor atleta paralímpico do ano do jornal L’Équipe, Gabrielzinho superou adversários como o maior medalhista de Paris 2024, o nadador bielorrusso Ihar Boki (cinco ouros) e o paraciclista francês Alexandre Léauté (dois ouros em Paris, na prova de perseguição e na de contra-relógio na estrada). Em reportagem no jornal L’Equipe, o brasileiro é reconhecido como “fenômeno da água”. Em longa entrevista ao períodico francês, Gabrielzinho disparou: “para mim, foi como se eu tivesse vencido a Bola de Ouro do futebol”. O sucesso de Gabrielzinho em Paris 2024 lhe rendeu uma homenagem especial no encerramento das Paralimpíadas. Em discurso durante a cerimônia, Tony Estanguet, presidente do Comitê Organizador, ressaltou que Gabrielzinho fazia parte dos momentos magníficos ocorridos nos Jogos. No Brasil, Gabrielzinho também foi reconhecido como melhor alteta do ano, ao lado da nadadora pernambuca Carol Santiago, no Prêmio Paralímpicos, concedido pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). Gabrielzinho nasceu com focomelia, doença congênita que impede a formação normal de braços e pernas. O primeiro contato com a natação ocorreu na escola em que estudava, em Juiz de Fora. Um professor de educação física reconheceu o talento de Gabriel, que debutou em competições nos Jogos Escolares de Minas Gerais (JEMG).
“Influenciadores” vandalizam decoração de Natal da Ponta Negra
Um vídeo mostrando dois jovens vandalizando a decoração de Natal da Ponta Negra viralizou nas redes sociais nesta segunda-feira (30). Nas imagens, os influenciadores Jvdolins e Mosquitinho aparecem subindo nas estruturas, chacoalhando bolas decorativas, pulando e deslizando nos enfeites. O comportamento gerou indignação entre os internautas, que criticaram a atitude como desrespeitosa. A decoração natalina da Ponta Negra foi inaugurada no dia 24 de dezembro, durante o aniversário de Manaus, e inclui uma árvore de Natal, um túnel de LED com 60 metros de comprimento, a Vila do Papai Noel e atrações especiais aos fins de semana, como neve artificial. As estruturas foram montadas para proporcionar lazer às famílias e fortalecer o espírito natalino na cidade. Apesar do vandalismo ser um ato isolado, o caso reacendeu discussões sobre o respeito ao patrimônio público. A Prefeitura de Manaus não se manifestou sobre possíveis medidas legais, mas destacou que a programação natalina segue aberta ao público.