Brasil – A floresta amazônica enfrenta novos desafios em 2025, com 6.531 km² identificados como áreas de risco de desmatamento, de acordo com a plataforma PrevisIA, do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Desenvolvida em 2021, a ferramenta utiliza inteligência artificial para prever ameaças, tendo alcançado uma precisão de 73% em seus prognósticos ao longo dos últimos quatro anos. Os estados do Pará (35%), Amazonas (20%) e Mato Grosso (17%) concentram a maior parte das áreas vulneráveis, somando 72% do total projetado. Essas regiões são críticas para ações de preservação, devido aos elevados índices de degradação florestal. Desafios e avanços no combate ao desmatamentoDados do Projeto Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), mostram que o desmatamento acumulado entre agosto de 2023 e julho de 2024 foi de 6.288 km², uma redução de 31% em relação ao período anterior. Contudo, o risco para 2025 se mantém elevado, com 2.269 km² classificados como ameaças muito altas, altas ou moderadas, indicando a necessidade urgente de intervenções preventivas. Territórios prioritários e impacto regionalTerras indígenas e unidades de conservação continuam no centro das atenções. No Pará, a Terra Indígena Kayapó e a Área de Proteção Ambiental (APA) Triunfo do Xingu figuram entre as regiões mais críticas, com esta última liderando os índices de risco pelo quarto ano consecutivo. Enquanto estados como Pará, Mato Grosso e Roraima apresentam uma diminuição nas áreas ameaçadas em relação ao desmatamento registrado em 2024, o risco aumentou em Amazonas, Acre, Rondônia, Amapá e Tocantins, destacando a necessidade de estratégias diferenciadas. Estratégias para um futuro sustentávelCarlos Souza Jr., pesquisador do Imazon e coordenador da PrevisIA, enfatiza a importância de proteger as áreas mais vulneráveis:“Se conseguirmos proteger as áreas sob maior risco, podemos reduzir significativamente a derrubada da floresta em 2025 e avançar rumo à meta de desmatamento zero em 2030.” A PrevisIA tem sido uma ferramenta essencial para Ministérios Públicos em quatro estados da Amazônia Legal, guiando políticas de proteção ambiental baseadas em dados atualizados. Com o compromisso de zerar o desmatamento até 2030, o Brasil enfrenta o desafio de equilibrar ações preventivas, fortalecimento de políticas ambientais e proteção de territórios indígenas e áreas de conservação, especialmente diante da pressão constante sobre a floresta amazônica. 4o
Mãe que presenciou abuso contra a própria filha, travou luta com suspeito
Manaus – A mãe da criança, de 5 anos, que foi estuprada pelo companheiro da genitora, travou luta com o suspeito ao flagrar o crime. Suspeito aproveitou o momento em que a mãe da criança cochilou. O homem, de 36 anos, foi preso neste domingo (15), em um Shopping, na zona leste de Manaus. Ele já possuia passagens pela polícia por roubo majorado, por roubo a transporte coletivo e violência doméstica.De acordo com a delegada Juliana Tuma, titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), no momento do crime, a mãe estava deitada em sua cama com o companheiro, enquanto a criança assistia à televisão. A mulher adormeceu por um breve período e, ao despertar, presenciou a ação criminosa cometida pelo homem.Segundo a autoridade policial, após o ocorrido, a mulher entrou em luta corporal com o infrator, que conseguiu fugir do local. Em seguida, ela se dirigiu à delegacia e registrou um Boletim de Ocorrência (BO).Durante uma escuta especializada realizada com a psicóloga da unidade policial, a criança confirmou o relato da mãe. Imediatamente, as equipes policiais iniciaram as diligências e localizaram o homem em um shopping center na zona leste da capital. A delegada relatou que a vítima não confirmou se aquele teria sido o primeiro episódio de abuso sexual cometido pelo homem. Foi verificado que ele já possui passagens pela polícia por roubo majorado, por roubo a transporte coletivo e violência doméstica.Ele foi autuado em flagrante por pestupro de vulnerável, passará por audiência de custódia e ficará à disposição da Justiça.
Com salários atrasados, médicos são retirados do 28 de Agosto; novos médicos de Goiânia já assumiram
A crise na saúde pública do Amazonas ganha mais um capítulo preocupante com a redução drástica no número de médicos atuando no Hospital e Pronto-Socorro 28 de Agosto. Após a entrada da Organização Social Agir, de Goiás, para gerir a unidade, apenas quatro médicos serão mantidos por plantão no hospital, uma redução de um terço da atividade, que era referência em ortopedia e cirurgias no estado. A mudança ocorre em meio à saída das cooperativas médicas que administraram o atendimento na unidade por quase quatro décadas. O atendimento no Hospital 28 de Agosto agora está sendo reduzido em até um terço nos próximos meses, enquanto a nova administradora, a Organização Social Agir, tenta se estabelecer na unidade. A transição tem sido marcada por atrasos nos pagamentos aos profissionais e incertezas sobre a continuidade dos serviços, especialmente no período de festas de fim de ano, tradicionalmente movimentado nos prontos-socorros. ALERTA DA POPULAÇÃO E DOS MÉDICOS Profissionais da saúde têm alertado que a situação pode levar a uma redução de até um terço na oferta de leitos e recomendam que a população evite recorrer ao hospital nesse período. A coordenadora do setor de ortopedia do 28 de Agosto destacou que, além da redução no quadro médico, houve denúncias de que profissionais contratados pela Agir estariam atuando sem a devida autorização do Conselho Regional de Medicina (CRM-AM). “Ontem à noite fomos surpreendidos com altas de dez pacientes, que nem sequer possuía autorização provisória para atuar no estado. Isso é um risco inaceitável para a saúde pública,” afirmou a coordenadora. R$ 31 MILHÕES ADIANTADOS, MAS PROBLEMAS PERSISTEM A Agir já recebeu R$ 31 milhões adiantados para assumir a gestão do Hospital 28 de Agosto e do Instituto da Mulher Dona Lindu, mas enfrenta críticas sobre a condução do processo e acusações de irregularidades em estados como Goiás. Empresas locais, que há meses denunciam atrasos nos pagamentos, foram excluídas do processo de contratação. O deputado Wilker Barreto (Mobiliza) questiona a decisão de confiar a administração de unidades tão importantes a uma organização social de fora do estado. “Estamos entregando nossas vidas a quem nem conhece a realidade da nossa saúde. É um modelo que já se mostrou falho em outros estados e que não vai atender o povo do Amazonas”, declarou.
Acidentes graves marcam a segunda-feira em Manaus e deixam várias vítimas feridas
Nesta segunda-feira, 16 de dezembro, dois acidentes graves de trânsito mobilizaram os serviços de emergência em Manaus, resultando em várias pessoas feridas e cenas de grande impacto. Colisão entre carros no Distrito IndustrialNo início da tarde, uma colisão violenta entre dois veículos na avenida Buriti, no bairro Distrito Industrial, zona Leste da capital, deixou cinco pessoas feridas. Um carro modelo Corsa se envolveu no acidente, cujas imagens registradas por testemunhas mostram o cenário de destruição. As vítimas foram socorridas pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e encaminhadas ao Hospital e Pronto-Socorro João Lúcio. O estado de saúde dos envolvidos ainda não foi divulgado pelas autoridades. Motoqueiros gravemente feridos em colisão com ônibus de rotaMais cedo, por volta das 6h20, outro acidente grave ocorreu no bairro Armando Mendes, também na zona Leste. Um ônibus de transporte coletivo colidiu com uma motocicleta que levava dois homens. O impacto foi tão intenso que a moto ficou completamente destruída, e os ocupantes foram arremessados pela via, sofrendo ferimentos graves. Imagens de câmeras de segurança capturaram o momento exato da colisão, mostrando o ônibus com a frente danificada e os dois homens sendo arrastados. Ambos foram socorridos e levados a unidades hospitalares, mas o estado de saúde ainda é desconhecido. Os dois casos reforçam os riscos do trânsito em Manaus e destacam a necessidade de maior atenção e medidas de prevenção para evitar tragédias semelhantes.