De oito deputados federais do Amazonas, apenas um, Saullo Vianna (União Brasil), assinou a proposta de emenda à Constituição (PEC) pelo fim da escala 6 x1 (seis dias trabalhados e um de folga). Alberto Neto (PL), Amom Mandel (Cidadania), Átila Lins (PSD), Pauderney Avelino (União), que esteve ocupando a vaga de Fausto Junior (União Brasil), Sidney Leite (PSD), Silas Câmara (Republicanos) e Adail Filho (Republicanos) não assinaram a proposta até o momento. A pressão popular pela aderência dos parlamentares à pauta tem crescido nos últimos dias, principalmente, nas redes sociais. Com quase 40 mil publicações, segundo o Congresso em Foco, o tema foi um dos assuntos mais comentados do X (antigo no Twitter) na última quinta-feira (7). A medida, que ainda não foi protocolada, prevê uma revisão na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para abolir a escala de trabalho 6×1, na qual um funcionário precisa trabalhar seis dias durante a semana para ter direito a um dia de folga. O projeto foi elaborado pelo Movimento Vida Além do Trabalho (VAT) e apresentado pela deputada Erika Hilton (Psol-SP), mas continua na fase de assinaturas. Para ser apresentada, a PEC precisa da assinatura de um terço dos parlamentares do Congresso. Na Câmara dos Deputados, o equivalente a 171 congressistas, e no Senado, a 27 senadores. Até o momento, a proposta tem 71 assinaturas de deputados. Vale destacar que, na Câmara dos Deputados, a escala é 3×4 com salário de R$ 44 mil.
STF Solicita Parecer da PGR sobre Militares Acusados pela Morte de Rubens Paiva
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), solicitou recentemente que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre o julgamento de cinco militares acusados de envolvimento no assassinato e ocultação de cadáver do ex-deputado Rubens Paiva durante a ditadura militar nos anos 1970. O processo foi remetido à PGR no dia 24 de setembro para análise. O caso, que chegou ao STF em 2014, envolve os militares José Antônio Nogueira Belham, Jacy Ochsendorf e Souza, Raimundo Ronaldo Campos, Jurandyr Ochsendorf e Souza e Rubens Paim Sampaio. Destes, pelo menos três já faleceram. A defesa dos acusados argumenta que a Lei da Anistia deve encerrar o processo, enquanto o Ministério Público Federal defende que se trata de um crime contra a humanidade, isento de anistias. Desde o final de 2018, o caso estava parado no gabinete de Moraes. Agora, cabe ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, avaliar a possibilidade de aplicação da Lei da Anistia no contexto da ditadura militar. Rubens Paiva, ex-deputado, foi preso, torturado e morto pelo regime militar em 1971, e seu corpo permanece desaparecido. A ditadura tentou encobrir o crime com explicações falsas sobre sua morte. Coincidentemente, o filme “Ainda Estou Aqui”, dirigido por Walter Salles e inspirado no livro de Marcelo Rubens Paiva, estreou nos cinemas brasileiros no dia 7 de novembro. O longa-metragem, estrelado por Fernanda Montenegro, Fernanda Torres e Selton Mello, retrata a busca de Eunice Paiva, esposa do ex-parlamentar, pelo paradeiro do marido, oferecendo uma visão íntima da família impactada pelo desaparecimento de Rubens Paiva.
Ator Tony Todd, famoso por Candyman, morre aos 69 anos
O ator Tony Todd, famoso por seu papel em O Mistério de Candyman, faleceu nesta sexta-feira (8), aos 69 anos. A notícia foi confirmada pela Deadline, que conversou com familiares e amigos do ator. A causa da morte não foi divulgada por seus representantes. Ao longo de sua carreira, Todd participou de mais de 240 produções, incluindo filmes e séries renomados, além de atuar como dublador em animações e videogames. Ele se tornou um ícone ao interpretar o lendário assassino com um gancho na mão direita que surge ao ser chamado cinco vezes em frente ao espelho. Sua primeira aparição foi no filme Candyman, de 1992, seguido pelas continuações Candyman: Farewell to the Flesh (1995) e Candyman: Day of the Dead (1999). Todd iniciou sua trajetória no cinema com Platoon, em 1986, e ficou conhecido também por seu papel como Kurn em Jornada nas Estrelas: A Nova Geração e Deep Space Nine. Ele ainda estrelou o remake de A Noite dos Mortos-Vivos (1990) como Ben, e ganhou projeção internacional com Candyman. Todd também atuou na Broadway em várias produções. Em 2021, o clássico Candyman ganhou um remake dirigido por Nia DaCosta, onde Todd retornou brevemente ao papel que o consagrou. Tony Todd, que deixa dois filhos, não era casado no momento de sua morte.
Favelização de Manaus é reflexo da falta de planejamento, aponta Roberto Cidade
Os resultados divulgados nesta sexta-feira (8/11), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), corroboram com a defesa que o deputado estadual Roberto Cidade (UB), presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), vem fazendo desde o início de sua atuação parlamentar: de que o desenvolvimento das cidades precisa ser planejado, caso contrário, os problemas da falta de habitação e seus desdobramentos tendem a se multiplicar, prejudicando a população. Falta de saneamento básico, de infraestrutura adequada e moradia de qualidade acabam empurrando a população para as submoradias, comprometendo a qualidade de vida e o desenvolvimento das cidades. Conforme os dados referentes ao Censo de 2022, das 392 favelas ou comunidades urbanas encontradas no Amazonas, 236 são de Manaus e contam com 1.151.828 moradores, ou seja, a maioria (55,81%) dos manauaras residia em favelas no ano da pesquisa. “Sem planejamento, as políticas públicas não conseguem alcançar a parcela da população que mais precisa e o resultado é isso que o Censo nos mostra. A favela, pela própria característica, é um local sem infraestrutura adequada e, com um número grande de pessoas morando nessa condição, faz com que os problemas de saúde, educação, segurança e cidadania, por exemplo, se multipliquem. É preciso que haja a aplicação de políticas públicas com mais qualidade e isso só acontecerá se houver um planejamento adequado”, declarou o deputado presidente. Levantamento Conforme o Censo de 2022, entre as 20 favelas e comunidades urbanas mais populosas do país, oito estavam na região Norte, sendo seis delas em Manaus. Outras sete estavam no Sudeste, quatro no Nordeste e uma (Sol Nascente) no Centro-Oeste. A região Sul não tinha nenhuma favela entre as 20 mais populosas do país. Entre as 12.348 favelas e comunidades urbanas do país, a Rocinha (RJ) era a mais populosa, com 72.021 moradores, seguida por Sol Nascente (DF), com 70.908 habitantes; Paraisópolis (SP) com 58.527 pessoas e Cidade de Deus/Alfredo Nascimento (AM) com 55.821 moradores. Belém e Manaus são as únicas capitais do país com mais da metade da população vivendo em favelas. Em Belém, que em 2025 irá sediar a COP 30 – a Conferência do Clima das Nações Unidas –, 57,2% dos moradores estão em comunidades, em Manaus esse percentual é de 55,8%. Segunda capital mais favelizada O Mapa da Desigualdade entre as Capitais, divulgado no dia 26 de março de 2024, apontou que Manaus é a segunda capital mais favelizada do Brasil. Segundo o 1º estudo realizado pelo Instituto Cidades Sustentáveis (ICS), dados de 2019 colocam as capitais do Pará e do Amazonas como as únicas duas capitais do país em que mais da metade dos domicílios está em favelas, sendo 55,49% em Belém e 53,38% em Manaus. O mesmo estudo aponta que as duas cidades apresentam os piores indicadores de saúde e saneamento básico.